segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O FIM DOS ADVOGADOS!

 O ano é 2.209 D.C. - ou seja, daqui a duzentos anos - e uma conversa entre avô e neto tem início a partir da seguinte interpelação:
– Vovô, por que o mundo está acabando? 
 
A calma da pergunta revela a inocência da alma infante. E no mesmo tom vem a resposta:

– Porque não existem mais advogados, meu anjo.

– Advogados? Mas o que é isso? O que fazia um advogado?

O velho responde, então, que advogados eram homens e mulheres elegantes que se expressavam sempre de maneira muito culta e que, muitos anos atrás, lutavam pela justiça defendendo as pessoas e a sociedade. 

– Eles defendiam as pessoas? Mas eles eram super-heróis?

– Sim. Mas eles não eram vistos assim. Seus próprios clientes muitas vezes não pagavam os seus honorários e ainda faziam piadas, dizendo que as cobras não picavam advogados por ética profissional.
             
– E como foi que eles desapareceram, vovô?

– Ah, foi tudo parte de um plano secreto e genial, pois todo super-herói tem que enfrentar um supervilão, não é? No caso, para derrotar os advogados esse supervilão se valeu da “União” de três poderes. Por isso chamamos esse supervilão de “União”.

Segundo o velho, por meio do primeiro poder, a União permitiu a criação de infinitos cursos de Direito no País inteiro, formando dezenas de milhares de profissionais a cada semestre, o que acabou com a qualidade do ensino e entupiu o mercado de bacharéis.

Com o segundo poder, a União criou leis que permitiam que as pessoas movessem processos judiciais sem a presença de um advogado, favorecendo a defesa de poderosos grupos econômicos e do Estado contra o cidadão leigo e ignorante. Por estarem acostumadas a ouvir piadas sobre como os advogados extorquiam seus clientes, as pessoas aplaudiram a iniciativa.
            
O terceiro poder foi mais cruel. Seus integrantes fixavam honorários irrisórios para os advogados, mesmo quando a lei estabelecia limite mínimo! Isso sem falar na compensação de honorários.

Mas o terceiro poder não durou muito tempo. Logo depois da criação do processo eletrônico, os computadores se tornaram tão poderosos que aprenderam a julgar os processos sozinhos. Foi o que se denominou de Justiça “self-service”. Das decisões não cabiam recursos, já que um computador sempre confirmava a decisão do outro, pois todos obedeciam à mesma lógica. 

O primeiro poder, então, absorveu o segundo, com a criação das ´medidas definitivas´, novo nome dado às ´medidas provisórias´ . Só quem poderia fazer alguma coisa eram os advogados, mas já era tarde demais. Estes estavam muito ocupados tentando sobreviver, dirigindo táxis e vendendo cosméticos. Sem advogados, a única forma de restaurar a democracia é por meio das armas.

 E é por isso que o mundo está acabando, meu netinho. Mas agora chega de assuntos tristes. Eu já contei por que as cobras não picam os advogados ?

Autoria Desconhecida


sexta-feira, 22 de outubro de 2010

CRIME ELEITORAL


Comida por voto: essa é campanha do Serra no interior do Rio Grande do Sul.


A Polícia Rodoviária Estadual do Rio Grande do Sul, em uma ação articulada com a Polícia Federal e com o Ministério Público, prendeu no final da tarde desta quinta-feira um caminhão da campanha de José Serra (PSDB) e três pessoas (dois homens e uma mulher) que foram flagrados distribuindo sacolas com alimentos no bairro Cohab, município de Coxilha, próximo a Passo Fundo. Há alguns dias, um caminhão de som da campanha de Serra foi visto circulando em Passo Fundo carregando sacolas com alimentos. Militantes da campanha de Dilma Rousseff (PT) conseguiram fotografar o caminhão transportando ranchos e comunicaram a polícia e o Ministério Público Eleitoral.
Nesta quinta, o caminhão saiu do comitê central da campanha de Serra em Passo Fundo e foi até Coxilha onde, no bairro Cohab, distribuiu cerca de 30 sacolas de alimentos. Tudo foi devidamente fotografado. No retorno a Passo Fundo, o caminhão acabou sendo parado em um posto de pedágio e foi apreendido, ainda carregando sacolas com alimentos. Três pessoas foram detidas e encaminhadas à Polícia Federal de Passo Fundo. O delegado Celso André está cuidando do caso.
O promotor eleitoral Paulo Cirne recebeu a denúncia de que um caminhão estaria percorrendo a periferia de Coxilha, distribuindo alimentos. Junto com a sacola de alimentos, os beneficiados estariam recebendo uma bandeira da campanha de José Serra. Paulo Cirne alertou para o posto do Comando Rodoviário da Brigada Militar que interceptou o caminhão carregado ainda com várias sacolas de alimentos. Em depoimento à Polícia Federal, dois dos detidos admitiram a distribuição de alimentos com fins eleitorais. O terceiro disse que só falará em juízo.

terça-feira, 19 de outubro de 2010

VISITA DO GOVERNADOR

No dia 14 de outubro último, o Rotary Club Curitiba Rebouças recebeu a visita oficial do Governador do Distrito 4730, Alcir Sperandio, que veio conferir as ações e os projetos realizados e em andamento.
Foram feitas as reuniões de praxe e cerimoniais, mostrando-se o Governador bastante satisfeito com o relatório das atividades apresentadas, que qualifica o Rebouças como um dos clubes mais ativos do Distrito 4730.
Ressaltou, todavia, o Governador, a necessidade de maior divulgação destas atividades e projetos, não apenas internamente, mas no âmbito dos demais clubes rotários e para a comunidade em geral.
Principalmente pelo fato de que há, ainda, um grande desconhecimento por parte da comunidade, mesmo da parcela da comunidade assistida pelo movimento rotário, do que seja, efetivamente, um Rotary Club e qual o seu papel na sociedade.
Algumas visitas ilustres de outros clubes e mesmo da sociedade civil marcaram o evento, que foi tratado como uma reunião festiva, reunindo um número de pessoas bastante superior ao que comparece às reuniões ordinárias.
Entre estes visitantes, o presidente da Câmara de Comércio Brasil Portugal do Paraná, José Brandão Coelho, que veio acompanhado da equipe da TV Comunitária CWBTV, que fez a cobertura do evento, através do programa chamado VIAS CRUZADAS, apresentando-o pelo canal 5, da NET e 72 da TVA, além da própria internet.
A seguir, apresento o link da programação onde está inserida a cobertura do evento.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PIRATARIA DA MOTOROLA

Fato inusitado me aconteceu. Ano passado, comprei um aparelho de telefone fixo da motorola. Pouco depois, ainda durante o prazo de garantia, o aparelho deu problema.
Procurei pela loja que me vendeu o aparelho e o serviço de atendimento ao consumidor da motorola, por telefone, e me indicaram uma empresa de assistência técnica de Curitiba, já conhecida pelo péssimo atendimento que presta aos clientes. Mal entrei na dita assistência técnica e nem quiseram me atender, dizendo categoricamente que não trabalhavam como aparelhos de telefonia fixa, somente com aparelhos de celular.
Assim, procurei, ainda, realizar o conserto do aparelho em uma oficina particular, já que o atendimento ao consumidor da empresa não indicava qualquer outra alternativa. Chegando a uma loja que poderia prestar assistência, ao mostrar o aparelho, fui informado pelo proprietário da loja que o mesmo fazia parte de um lote de aparelhos importados que em sua maior parte apresentaram defeito na bateria. O problema maior é que as peças de reposição não foram importadas e não havia bateria similar que pudesse ser utilizada para resolver o problema.
Sem outra alternativa, obriguei-me a ajuizar ação de indenização em face da fabricante do aparelho, assim como da revendedora do mesmo, dada a responsabilidade subsidiária.
Como advogado, já ouvi muitas desculpas esfarrapadas para a empresa fabricante eximir-se da responsabilidade pelo defeito apresentado. Mas nenhuma como a da motorola.
Simplesmente eles alegam que não fabricaram o aparelho!
Dizem, na maior cara de pau, e por escrito nos autos, o que pode ser conferido por qualquer um, que o aparelho foi fabricado por outra empresa, e a preposta da fábrica simplesmente desconhece qualquer ligação da motorola com esta empresa, seja no Brasil ou na matriz.
É tão absurda a argumentação, de dizer que um aparelho vendido pela empresa, tendo estampado o nome desta empresa tanto no aparelho como na embalagem, assim como na nota fiscal, simplesmente dizer que desconhece o aparelho e que o mesmo é fabricado por uma outra empresa, que ninguém conhece.
Mais indignado, ainda, ficou o revendedor do aparelho, que o adquire diretamente da fábrica, mediante nota fiscal de compra.
Está, então, vendendo um aparelho pirata, adquirido da própria motorola.
Realmente, é um absurdo de grandes proporções.

PORQUE VOTAR NA DILMA

A QUESTÃO ECOLÓGICA

MARILENA CHAUÍ E A LIBERDADE DE IMPRENSA

Com a palavra, Marilena Chauí

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A GLOBO NÃO MOSTROU

Eduardo Jorge é o verdadeiro autor da lei dos genéricos



(Transcrito do blog da marina, ex- candidata a presidente pelo PV, Maria Osmarina)
A polêmica entre os candidatos a presidente José Serra (PSDB) e Dilma Roussef  (PT) sobre a paternidade dos medicamentos genéricos no Brasil esconde o verdadeiro autor da lei: Eduardo Jorge, secretário do Verde e do Meio Ambiente do município de  São Paulo e colaborador do programa de governo de Marina Silva.
A discussão começou em 1991, quando Eduardo Jorge, então deputado federal, propôs um projeto de lei sobre o assunto que teve o também deputado Fábio Feldmann (hoje candidato ao governo paulista pelo PV) como relator. A forte oposição ao projeto impediu que a matéria fosse votada.
Em 1993, o então ministro da Saúde Jamil Haddad baixou um decreto que abriria caminho para a criação dos genéricos, mas a iniciativa não teve sucesso. Eduardo Jorge voltou à carga em 1999, quando Serra era ministro da Saúde. “Negociamos um substitutivo mais moderado do que meu projeto original e tivemos a aprovação da Lei 9787/99”, diz Eduardo Jorge. “Assim muitos ajudaram, porém o autor da lei sou eu mesmo”.

Reproduzo mensagem de Dulce Maia, publicada no blog Viomundo:

Um grupo de artistas e intelectuais liderados por Leonardo Boff, Chico Buarque, Emir Sader e Eric Nepumuceno está articulando adesões ao manifesto abaixo de apoio político a eleição de Dilma Roussef. Se você puder aderir agradeceríamos muito: mande sua adesão para 
emirsader@uol.com.br;ericnepomuceno@uol.com.br

E, se você puder, divulgue aos seus amigos do Rio para participarem do Ato político de entrega do manifesto à candidata, no Teatro Casa Grande, dia 18 de outubro, às 20 hs (Rua Afranio de Mello Franco, 290- Leblon- Rio de janeiro).
Manifesto de artistas e intelectuais pró-Dilma
Nós, que no primeiro turno votamos em distintos candidatos e em diferentes partidos, nos unimos para apoiar Dilma Rousseff. Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir os avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimen to econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional.

Um país que priorize a educação, a cultura, a sustentabilidade, a erradicação da miséria e da desiguladade social. Um país que preserve sua dignidade reconquistada.

Entendemos que essas são condições essenciais para que seja possível atender às necessidades básicas do povo, fortalecer a cidadania, assegurar a cada brasileiro seus direitos fundamentais.

Entendemos que é essencial seguir reconstruindo o Estado, para garantir o desenvolvimento sustentável, com justiça social e projeção de uma política externa soberana e solidária.

Entendemos que, muito mais que uma candidatura, o que está em jogo é o que foi conquistado.

Por tudo isso, declaramos, em conjunto, o apoio a Dilma Rousseff. É hora de unir nossas forças no segundo turno para garantir as conquistas e continuarmos na direção de uma sociedade justa, solidária e soberana.

- Leonardo Boff

- Chico Buarque

- Fernando Morais

- Emir Sader

- Eric Nepumuceno

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

GRUPOS AGNÓSTICOS


A principal divisão interna do agnosticismo reside entre o Agnosticismo Teísta e o Agnosticismo Ateísta. Diferenciam entre si nos termos dos pressupostos para os quais ambos tendem, os teístas partem do pressuposto que existe um Deus, Deuses ou Divindades, os ateístas do princípio que tal é de todo inexistente, embora ambos os grupos assumam que faltam provas que comprovem um ou outro lado.
São igualmente considerados os seguintes grupos:
  • Agnosticismo Estrito - (também chamado de agnosticismo forte, agnosticismo positivo, agnosticismo convicto ou agnosticismo absoluto) a ideia de que a compreensão ou conhecimento sobre deuses ou o sobrenatural se encontra totalmente fora das possibilidades humanas e que jamais tal será possível. Um Agnóstico Estrito diria "Eu não sei e você também não".
  • Agnosticismo Empírico (também chamado agnosticismo suave, agnosticismo aberto ou agnosticismo fraco) - A ideia de que a compreensão e conhecimento do divino ou sobrenatural não é até ao momento possível mas que se aparecerem novas evidências e provas sobre o assunto tal é uma possibilidade. Um Agnóstico Empírico diria "Eu não sei. Você sabe?".
  • Agnosticismo Apático - a ideia de que, apesar da impossibilidade de provar a existência ou inexistência de deuses ou do sobrenatural, estes a existir não teriam qualquer influência negativa ou positiva na vida das pessoas, na Terra ou no Universo em geral. Um Agnóstico Apático diria "Eu não sei, mas também para que é que isso interessa?".
  • Ignosticismo - embora se questione a compatibilidade deste grupo com o agnosticismo ou ateísmo há quem o considere como um grupo agnóstico. Esse grupo baseia-se no fato de que primeiramente é preciso definir Deus, para apenas posteriormente discutir sua existência. Para cada definição de Deus, pode haver uma discussão diferente e diferentes grupos de ateus, teístas e agnósticos referentes àquela definição particular. Um Ignóstico diria "Não sei. O que considera "Deus"?".
  • Agnosticismo Modelar - A ideia de que questões metafísicas e filosóficas não podem ser verificadas nem validadas, mas que um modelo maleável pode ser criado com base no pensamento racional. Esta vertente agnóstica não se dedica à questão da existência ou não de divindades. Um Agnóstico Modelar diria "Eu não sei. Mas podemos criar um".


Agnosticismo e a crença ou descrença em deuses

O agnosticismo não avança sem o conhecimento mas Deus é por fé e não só por conhecimento.
Esquema clássico do conhecimento: é possível afirmar, genericamente falando, a existência de crenças verdadeiras sem necessariamente afirmar que constituam conhecimento; entretanto, nunca se pode afirmar se uma crença específica é verdadeira ou falsa sem que haja justificativa (o que a transformaria em conhecimento)
A relação entre a postura agnóstica e a crença (ou não) em algum deus é quem vai determinar se o agnosticismo é teísta, deísta ou ateísta.


Um agnóstico pode crer apenas por fé em algum deus ou deuses, ao mesmo tempo em que admite não ter conhecimento sobre a existência do(s) mesmo(s), podendo ser teísta se acreditar nos conceitos de deuses como descritos por alguma religião, ou deísta se for algo diferente desses moldes.


Contrariamente ao agnóstico teísta, o agnóstico ateísta é alguém que assume não ter conhecimento da existência de deuses e não tem fé na existência de qualquer um.


Fé e conhecimento

De acordo com a tradição filosófica, é considerado conhecimento uma crença que seja verdadeira e adequadamente justificada. Dessa perspectiva, dizer que acredita em algo sem alegar que isso constitua conhecimento não é contraditório; é apenas incomum, já que normalmente se supõe que as pessoas com determinada crença afirmem que ela seja necessariamente verdadeira (e a parte da justificação costuma ser simplesmente esquecida).
É importante destacar também a crise do conhecimento exato, causal ou científico. Hoje a crença em verdades justificáveis perderam popularidade na medida em que a verdade também pode ser concebida como a "substituição de erros grosseiros por erros menos grosseiros", segundo as palavras de um conhecido filósofo. Ou que "o conhecimento pode ser entendido como o eterno questionamento do mesmo".


Conhecimento no agnosticismo

No agnosticismo, postula-se que a compreensão dos problemas metafísicos, como a existência de Deus, é inacessível ou incognoscível ao entendimento humano na medida em que ultrapassam o método empírico de comprovação científica. Assim, o conhecimento da existência de Deus é considerado impossível para agnósticos teístas ou ateístas.

*fonte : wikipédia

AGNOSTICISMO


Neste texto, vamos lançar algumas considerações sobre o Agnosticismo, como forma de iniciarmos uma discussão a respeito deste movimento filosófico, com a intenção de constituir a primeira Igreja Agnóstica de que se tem notícia.
Para tanto, é necessário conhecer-se o que realmente significa "se agnóstico", palavra para muitos considerada até mesmo pecaminosa, tal é a gama de preconceitos que encerra.
E, como entendemos que o preconceito é nada mais do que um "conceito prévio" a respeito de alguma coisa, infalivelmente ele é fruto da ignorância a respeito desta mesma coisa. Assim, para dissiparmos as brumas do preconceito, somente o sol do conhecimento. 
É neste sentido que iniciamos esta discussão.
O Agnosticismo
As bases filosóficas do agnosticismo foram assentadas no século XVIII por Immanuel Kant e David Hume, porém só no século XIX é que o termo agnosticismo seria formulado. Seu autor foi obiólogo britânico Thomas Henry Huxley numa reunião da Sociedade Metafísica, em 1876. Ele definiu o agnóstico como alguém que acredita que a questão da existência ou não de um poder superior (Deus) não foi nem nunca será resolvida.
Muitas pessoas usam, erroneamente, a palavra agnosticismo com o sentido de um meio-termo entre teísmo e ateísmo. Isso é estritamente incorreto pois teísmo e ateísmo separam aqueles que acreditam em divindades daqueles que não acreditam em divindades. O agnosticismo separa aqueles que acreditam que a razão não pode penetrar o reino do sobrenatural daqueles que defendem a capacidade da razão de afirmar ou negar a veracidade da crença teística.

Alguém que admita ser impossível ter o conhecimento objetivo sobre a questão - portanto agnóstico - pode com base nisso não ver motivos para crer em qualquer deus (ateísmo fraco), ou pode, apesar disso, ainda crer em algum deus por fé (fideísmo). Nesse caso pode ser ainda um teísta, caso acredite em conceitos sobrenaturais como propostos por alguma religião ou revelação, ou um deísta, caso acredite na existência de algo consideravelmente mais vago.

Conceito

Nas palavras de Huxley, sobre a reunião da Sociedade Metafísica, "eles estavam seguros de ter alcançado uma certa gnose - tinham resolvido de forma mais ou menos bem sucedida o problema da existência, enquanto eu estava bem certo de que não tinham, e estava bastante convicto de que o problema era insolúvel."

Desde essa época o termo "agnóstico" também tem sido usado para descrever aquele que não acredita que essa questão seja intrinsecamente incognoscível, mas por outro lado crê que as evidências pró e contra Deus não são ainda conclusivas, ficando pragmático sobre o assunto.

Se existem ou existiram deuses é considerada uma questão que não pode ser finalmente respondida, ou que no mínimo não foi suficientemente investigada antes que possa considerar satisfatoriamente respondida, pois muitas coisas tidas como relacionadas podem ser frequentemente independentes. Mesmo com a comprovação e aceitação científica da ancestralidade comum universal e do mecanismo de seleção natural, não é possível afirmar que deuses não existam; isso apenas impede a interpretação fundamentalista de diversos relatos de criação. Ao mesmo tempo, uma hipotética refutação científica da ancestralidade comum universal, Big-bang e outros eventos da história do universo, ou mesmo uma eventual comprovação de algo como a vida após a morte, também não seriam provas da existência de algum deus em particular ou de deuses de modo geral.

O agnóstico opõe-se à possibilidade de a razão humana conhecer entidades nas linhas gerais dos conceitos de "deus" e outros seres e fenômenos sobrenaturais (gnose tem a sua origem etimológica na palavra grega que significa «conhecimento»). Para os agnósticos, assim como não é possível provar racionalmente a existência de deuses e do sobrenatural, é igualmente impossível provar a sua inexistência. Isso não é necessariamente visto como problema, já que nenhuma necessidade prática os impele a embrenhar em tal tarefa estéril.