sexta-feira, 22 de novembro de 2013

PENSÕES ABUSIVAS - ISTO TAMBÉM É CORRUPÇÃO

As filhas de servidores que ficam solteiras para ter direito a pensão do Estado
As pensões a filhas solteiras de funcionários públicos consomem por ano R$ 4,35 bilhões do contribuinte - e muitas já se casaram, tiveram filhos, mas ainda recebem os benefícios
RAPHAEL GOMIDE
Era um sábado nublado. No dia 10 de novembro de 1990, a dentista Márcia Machado Brandão Couto cobriu-se de véu, grinalda e vestido de noiva branco com mangas bufantes para se unir a João Batista Vasconcelos. A celebração ocorreu na igreja Nossa Senhora do Brasil, no bucólico bairro carioca da Urca. A recepção, num clube próximo dali, reuniu 200 convidados. No ano seguinte, o casal teve seu primeiro filho. O segundo menino nasceu em 1993. Para os convidados do casamento, sua família e a Igreja Católica, Márcia era desde então uma mulher casada. Para o Estado do Rio de Janeiro, não. Até hoje, Márcia Machado Brandão Couto recebe do Estado duas pensões como “filha solteira maior”, no total de R$ 43 mil mensais. Um dos benefícios é pago pela Rioprevidência, o órgão previdenciário fluminense. O outro vem do Fundo Especial do Tribunal de Justiça. A razão dos pagamentos? Márcia é filha do desembargador José Erasmo Couto, que morreu oito anos antes da festa de casamento na Urca.
FELICIDADE O casamento de Márcia Brandão Couto.
Ela se manteve solteira no civil para seguir
recebendo R$ 43 mil por mês do Estado (Foto: Arq. pessoal)
Os vultosos benefícios de Márcia chegaram a ser cancelados por uma juíza, a pedido da Rioprevidência. Ela conseguiu recuperá-los no Tribunal de Justiça do Rio, onde seu pai atuou por muitos anos. O excêntrico caso está longe de ser exceção no país. Um levantamento inédito feito por ÉPOCA revela que pensões para filhas solteiras de funcionários públicos mortos custam ao menos R$ 4,35 bilhões por ano à União e aos Estados brasileiros. Esse valor, correspondente a 139.402 mulheres, supera o orçamento anual de 20 capitais do país – como Salvador, Bahia, e Recife, Pernambuco. Ao longo de três meses, ÉPOCA consultou o Ministério do Planejamento e os órgãos de Previdência estaduais para apurar os valores pagos, o número de pensionistas e a legislação. Ao menos 14 Estados confirmaram pagar rendimentos remanescentes para filhas solteiras, embora todos já tenham mudado a lei para que não haja novos benefícios. Hoje, as pensões por morte são dadas a filhos de ambos os sexos até a maioridade e, por vezes, até os 24 anos, se frequentarem faculdade. Santa Catarina, Amapá, Roraima, Tocantins e Mato Grosso do Sul informaram não ter mais nenhum caso. Distrito Federal, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Rondônia e Piauí deram informações incompletas ou não forneceram a quantidade de pensionistas e o valor gasto. ÉPOCA não conseguiu contato com a Paraíba. É provável, portanto, que os números sejam superiores aos 139.402 apurados e aos R$ 4,35 bilhões.
NO EXTERIOR Tereza Gavinho com sua família em Roma (à esquerda) e na Disney (à direita).
Ela nega ter vivido com o pai dos três filhos (Foto: Arq. pessoal)

Oriunda de uma época em que as mulheres não trabalhavam e dependiam do pai ou do marido, a pensão para filhas solteiras maiores de 21 anos pretendia não deixar desassistidas filhas de servidores mortos. Hoje, a medida dá margem a situações como a de Márcia e a diversas fraudes. Para ter o direito, a mulher não pode se casar ou viver em união estável. Para driblar a lei e seguir recebendo os benefícios, muitas se casam na prática. Moram com o marido, têm filhos, mas não registram a união oficialmente. O governo federal concentra 76.336 casos. Isso corresponde a 55% dos benefícios do país, só entre filhas de servidores civis mortos até dezembro de 1990. Os militares da União descontam mensalmente 1,5% do salário para deixar pensão para as filhas. O custo anual aos cofres federais é de R$ 2,8 bilhões. Segundo o Ministério do Planejamento, trata-se de direito adquirido. O total diminuiu 12% desde 2008. Houve 3.131 mortes, 1.555 mudanças de estado civil, e 1.106 assumiram cargo público – pela lei federal, motivo de perda. As “renúncias espontâneas” foram apenas 518. O governo afirma que “as exclusões decorrem do trabalho de qualificação contínua da base de dados de pessoal” e que a busca por inconsistências na folha é permanente. A partir de 2014, a Pasta centralizará a lista de pensionistas filhas solteiras, hoje dispersas.
 

Quanto custam as “filhas solteiras” (Foto: ÉPOCA)
O Rio de Janeiro, antiga capital do país, é o Estado com mais casos: 30.239, a um custo anual de R$ 567 milhões, um terço dos benefícios da Rioprevidência. Em São Paulo, 15.551 mulheres consomem R$ 451,7 milhões por ano. As pensões paulistas custam, em média, R$ 2.234, quase o dobro das fluminenses. Valem para mortes até 1992 para civis (4.643), e até 1998 para militares estaduais (10.908). Segundo a São Paulo Previdência (SPPrev), há recadastramento anual obrigatório para identificar irregularidades. “Pensionistas que mantêm união estável e não a informam à autarquia praticam fraude, estão sujeitas à perda do benefício e a procedimentos administrativos e podem ter de ressarcir os valores”, informou a SPPrev.
Uma das pensões polêmicas pagas por São Paulo, a contragosto, vai para a atriz Maitê Proença. Seu pai, o procurador de Justiça Eduardo Gallo, morreu em 1989. Maitê recebe cerca de R$ 13 mil, metade da pensão, dividida com a viúva. Em 1990, Maitê teve a filha Maria Proença Marinho, com o empresário Paulo Marinho, com quem teve um relacionamento por 12 anos, não registrado. A SPPrev cortara o benefício, sob a alegação de que a atriz vivera em união estável. Maitê recorreu, obteve sentenças favoráveis em primeiro grau e no Tribunal de Justiça. Mantém a pensão, ainda em disputa. Segundo seu advogado, Rafael Campos, Maitê “nunca foi casada nem teve união estável” com Marinho, e a revisão do ato de concessão da pensão já estava prescrita quando houve o corte. “O poder público não pode rever seus atos a qualquer momento, senão viveremos numa profunda insegurança jurídica”, diz.
O Rio Grande do Sul paga 11.842 pensões para filhas solteiras, ao custo de R$ 319,5 milhões, média de R$ 2.075 mensais cada. Depois, vêm Paraná (1.703 e R$ 92,5 milhões anuais); Minas Gerais, com 2.314 casos, e gastos de R$ 67 milhões por ano; Sergipe (571, R$ 19,3 milhões), Pará (276), Mato Grosso (198), Bahia (163), Acre (123), Amazonas (31), Maranhão (21), Pernambuco e Espírito Santo (ambos com 17 cada).

O Maranhão paga as maiores pensões entre os Estados brasileiros – R$ 12.084 mensais, em média. Segundo o órgão previdenciário maranhense, todas são pagas a filhas de magistrados e integrantes do Tribunal de Contas do Estado. Amazonas, com benefícios médios de R$ 7.755, e Acre, com R$ 6.798, aparecem em seguida. Por todo o país, há mulheres com três ou quatro filhos do mesmo homem que dizem jamais ter vivido em união estável. “Tenho sete filhos com o mesmo pai, mas só namorava”, diz uma pensionista do Rio. Situação semelhante é vivida pela advogada Tereza Cristina Gavinho, filha de delegado de polícia (salário aproximado de R$ 20 mil), cuja pensão foi cortada, mas devolvida após decisão da Justiça. De acordo com a Rioprevidência, há “sérios indícios de omissão dolosa do casamento/convivência marital com o sr. Marcelo Britto Ferreira, com o qual tem três filhos!!!”. Tereza nega ter vivido com ele. Algumas explicações são curiosas. “O pai dos meus filhos é meu vizinho e é casado”, diz uma mulher no Rio. “Não posso ter união estável porque sou homossexual”, afirma outra. A maioria das fraudes é constatada após denúncias de parentes, geralmente por vingança. “A parte mais sensível do ser humano é o bolso, e aí não tem fraternidade nem relação maternal”, afirma Gustavo Barbosa, presidente da Rioprevidência.
 

BENEFICIADA A atriz Maitê Proença. Ela nega ter sido casada e recebe R$ 13 mil por mês como  “filha solteira” (Foto: Reginaldo Teixeira/Ed. Globo)
A dentista Márcia, alvo de uma ação popular que inclui fotos de seu casamento, nega ter se casado. Numa ação para obter pensão alimentícia para os filhos, afirma, porém, que “viveu maritalmente com João Batista, sobrevindo dessa relação a concepção dos suplicantes (filhos)”. Seu advogado, José Roberto de Castro Neves, diz que a cerimônia religiosa foi “como um teatro, ela era de uma família tradicional, mãe religiosa e pai desembargador, então ela fez essa mise-en-scène”. Márcia não trabalha como dentista. Vive dos benefícios. Para a Procuradoria-Geral do Rio, tal pensão gera “parasitismo social” – por contar com a pensão, o cidadão deixa de produzir para a sociedade. Em 2011, o Rio passou a exigir a assinatura de termo em que as pensionistas declaram, “sob as penas da lei”, se vivem ou viveram “desde a habilitação como pensionista, em relação de matrimônio ou de união estável com cônjuge ou companheiro”. A Rioprevidência hoje corta a pensão de quem reconhece casamento, recusa-se a assinar ou falta, após processo administrativo. A partir da medida, 3.140 pensões foram canceladas, uma economia anual de R$ 100 milhões.

Até os advogados de Márcia e Maitê reconhecem a necessidade de combater irregularidades e abusos. “O risco é tratar os casos sem analisar as peculiaridades. Evidentemente, há abusos que devem ser coibidos”, diz Castro Neves, advogado de Márcia. O maior risco, na verdade, é o Brasil seguir como um país de privilégios mantidos pelo contribuinte.

JUIZ QUER SER CHAMADO DE DOUTOR

Não é este o juiz da ação,
mas é exemplo de arrogância
Lembram-se daquele Juiz de Niterói que entrou na Justiça contra o condomínio em que mora, por causa do tratamento de 'você' dado pelo porteiro?

Pois é, saiu à sentença.

Observe a bela redação, sucinta, bem argumentada, até se solidariza com o juiz que se queixa, mas... bom, leia a sentença abaixo:


PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO COMARCA DE NITERÓI
NONA VARA CÍVEL - Processo n° 2005.002.003424- 4 -

S E N T E N Ç A

Cuidam-se os autos de ação de obrigação de fazer manejada por ANTONIO MARREIROS DA SILVA MELO NETO contra o CONDOMÍNIO DO EDIFÍCIO LUÍZA VILLAGE e JEANETTE GRANATO, alegando o autor fatos precedentes ocorridos no interior do prédio que o levaram a pedir que fosse tratado formalmente de 'senhor'. Disse o requerente que sofreu danos, e que esperava a procedência do pedido inicial para dar a ele autor e suas visitas o tratamento de 'Doutor', senhor' 'Doutora', 'senhora', sob pena de multa diária a ser fixada judicialmente, bem como requereu a condenação dos réus em dano moral não inferior a 100 salários mínimos. (...) DECIDO. 'O problema do fundamento de um direito apresenta-se diferentemente conforme se trate de buscar o fundamento de um direito que se tem ou de um direito que se gostaria de ter.' (Noberto Bobbio, in 'A Era dos Direitos', Editora Campus, pg. 15). Trata-se o autor de Juiz digno, merecendo todo o respeito deste sentenciante e de todas as demais pessoas da sociedade, não se justificando tamanha publicidade que tomou este processo. Agiu o requerente como jurisdicionado, na crença de seu direito. Plausível sua conduta, na medida em que atribuiu ao Estado a solução do conflito. Não deseja o ilustre Juiz tola bajulice, nem esta ação pode ter conotação de incompreensível futilidade. O cerne do inconformismo é de cunho eminentemente subjetivo, e ninguém, a não ser o próprio autor, sente tal dor, e este sentenciante bem compreende o que tanto incomoda o probo Requerente. Está claro que não quer, nem nunca quis o autor, impor medo de autoridade, ou que lhe dediquem cumprimento laudatório, posto que é homem de notada grandeza e virtude. Entretanto, entendo que não lhe assiste razão jurídica na pretensão deduzida. 'Doutor' nãoé forma de tratamento, e sim título acadêmico utilizado apenas quando se apresenta tese a uma banca e esta a julga merecedora de um doutoramento. Emprega-se apenas às pessoas que tenham tal grau, e mesmo assim no meio universitário. Constitui-se mera tradição referir-se a outras pessoas de 'doutor', sem o ser, e fora do meio acadêmico. Daí a expressão doutor honoris causa - para a honra -, que se trata de título conferido por uma universidade à guisa de homenagem a determinada pessoa, sem submetê-la a exame. Por outro lado, vale lembrar que 'professor' e 'mestre' são títulos exclusivos dos que se dedicam ao magistério, após concluído o curso de mestrado. Embora a expressão 'senhor' confira a desejada formalidade às comunicações - não é pronome -, e possa até o autor aspirar distanciamento em relação a qualquer pessoa, afastando intimidades, não existe regra legal que imponha obrigação ao empregado do condomínio a ele assim se referir. O empregado que se refere ao autor por 'você', pode estar sendo cortês, posto que 'você' não é pronome depreciativo. Isso é formalidade, decorrente do estilo de fala, sem quebra de hierarquia ou incidência de insubordinação. Fala-se segundo sua classe social. O brasileiro tem tendência na variedade coloquial relaxada, em especial a classe 'semi-culta', que sequer se importa com isso.Na verdade 'você' é variante - contração da alocução - do tratamento respeitoso 'Vossa Mercê'. A professora de linguística Eliana Pitombo Teixeira ensina que os textos literários que apresentam altas freqüências do pronome 'você', devem ser classificados como formais. Em qualquer lugar desse país, é usual as pessoas serem chamadas de 'seu' ou 'dona', e isso é tratamento formal. Em recente pesquisa universitária, constatou-se que o simples uso do nome da pessoa substitui o senhor/ a senhora e você quando usados como prenome, isso porque soa como pejorativo tratamento diferente. Na edição promovida por Jorge Amado 'Crônica de Viver Baiano seiscentista' , nos poemas de Gregório de Matos, destacou o escritor que Miércio Táti anotara que 'você' é tratamento cerimonioso. (Rio de Janeiro/São Paulo, Record, 1999). Urge ressaltar que tratamento cerimonioso é reservado a círculos fechados da diplomacia, clero, governo, judiciário e meio acadêmico, como já se disse. A própria Presidência da República fez publicar Manual de Redação instituindo o protocolo interno entre os demais Poderes. Mas na relação social não há ritual litúrgico a ser obedecido. Por isso que se diz que a alternância de 'você' e 'senhor' traduz-se numa questão sociolingüística, de difícil equação num país como o Brasil de várias influências regionais. Ao Judiciário não compete decidir sobre a relação de educação, etiqueta, cortesia ou coisas do gênero, a ser estabelecida entre o empregado do condomínio e o condômino, posto que isso é tema interna corpore daquela própria comunidade.Isto posto, por estar convicto de que inexiste direito a ser agasalhado, mesmo que lamentando o incômodo pessoal experimentado pelo ilustre autor, julgo improcedente o pedido inicial, condenando o postulante no pagamento de custas e honorários de 10% sobre o valor da causa.


P.R.I. Niterói, 2 de maio de 2005.


ALEXANDRE EDUARDO SCISINIO Juiz de Direito


Não é que, neste país ainda existem juristas honrados e cultos!


Nem tudo esta perdido...

SUPREMO TAPETÃO FEDERAL

Idéias expressadas pelo Jornalista Ricardo Melo, que merecem reflexões.

Derrotada nas eleições, a classe dominante brasileira usou o estratagema habitual: foi remexer nos compêndios do "Direito" até encontrar casuísmos capazes de preencher as ideias que lhe faltam nos palanques. Como se diz no esporte, recorreu ao tapetão.

O casuísmo da moda, o domínio do fato, caiu como uma luva. A critério de juízes, por intermédio dele é possível provar tudo, ou provar nada.

O recurso é também o abrigo dos covardes. No caso do mensalão, serviu para condenar José Dirceu, embora não houvesse uma única evidência material quanto à sua participação cabal em delitos. A base da acusação: como um chefe da Casa Civil desconhecia o que estava acontecendo?

A pergunta seguinte atesta a covardia do processo: por que então não incluir Lula no rol dos acusados? Qualquer pessoa letrada percebe ser impossível um presidente da República ignorar um esquema como teria sido o mensalão.

Mas mexer com Lula, pera aí! Vai que o presidente decide mobilizar o povo. Pior ainda quando todos sabem que um outro presidente, o tucano Fernando Henrique Cardoso, assistiu à compra de votos a céu aberto para garantir a reeleição e nada lhe aconteceu.

Por mais não fosse, que se mantivessem as aparências. Estabeleceu-se então que o domínio do fato vale para todos, à exceção, por exemplo, de chefes de governo e tucanos encrencados com licitações trapaceadas.

A saída foi tentar abater os petistas pelas bordas. E aí foi o espetáculo que se viu. Políticos são acusados de comprar votos que já estavam garantidos. Ora o processo tinha que ser fatiado, ora tinha que ser examinado em conjunto; situações iguais resultaram em punições diferentes, e vice-versa.

Os debates? Quantos momentos edificantes. Joaquim Barbosa, estrela da companhia, exibiu desenvoltura midiática inversamente proporcional à capacidade de lembrar datas, fixar penas coerentes e respeitar o contraditório. Paladino da Justiça, não pensou duas vezes para mandar um jornalista chafurdar no lixo e tentar desempregar a mulher do mesmo desafeto. Belo exemplo.

O que virá pela frente é uma incógnita. Para o PT, ficam algumas lições. Faça o que quiser, apareça em foto com quem quer que seja, elogie algozes do passado, do presente ou do futuro - o fato é que o partido nunca será assimilado pelo status quo enquanto tiver suas raízes identificadas com o povo.

Perto dos valores dos escândalos que pululam por aí, o mensalão não passa de gorjeta e mal daria para comprar um vagão superfaturado de metrô. Mas como foi obra do PT, cadeia neles.

 É a velha história: se uma empregada pega escondida uma peça de lingerie da patroa para ir a uma festa pobre, certamente será demitida, quando não encarcerada - mesmo que a tenha devolvido. Agora, se a amiga da mesma madame levar "por engano" um colar milionário após um regabofe nos Jardins, certamente será perdoada pelo esquecimento e presenteada com o mimo.

Nunca morri de admiração por militantes como José Dirceu, José Genoino e outros tantos. Ao
>contrário: invariavelmente tivemos posições diferentes em debates sobre os rumos da luta por transformações sociais. Penso até que muitas das dificuldades do PT resultam de decisões equivocadas por eles defendidas. Mas num país onde Paulo Maluf e Brilhante Ustra estão soltos, enquanto Dirceu e Genoíno dormem na cadeia, até um cego percebe que as coisas estão fora de lugar. 

terça-feira, 19 de novembro de 2013

ROLETA SEXUAL COM ADOLESCENTES NA COLÔMBIA

Texto original em espanhol, diretamente da fonte colombiana.

La llamada “ruleta” o “carrusel” es un “juego” que consiste en rondas donde los hombres penetran a las jóvenes rápidamente, pero cuando alguno eyacula, pierde y sale del juego.

Bogotá, Colombia.- En Colombia se ha puesto de moda un supuesto juego, mismo que está causando preocupación entre la población adulta, ya que la llamada “ruleta” o “carrusel” es un “juego” que consiste en rondas donde los hombres penetran a las jóvenes rápidamente, pero cuando alguno eyacula, pierde y sale del juego.

El juego prácticamente es una orgía y ha preocupado a padres de familia y autoridades de salud, ya que han comenzado a darse embarazos entre las adolescentes.

“Eran los 15 de una amiga. Nos fuimos para una finca y estábamos tomando (licor). Cuando pusieron la música todos nos pusimos a bailar. Éramos unas 10 personas y alguien propuso jugar ‘Carrusel’ o ‘Ruleta’”, contó una menor, de 14 años, quien a su corta edad ya se enfrenta a la posibilidad de ser madre, sin saber quién es el padre de su bebé.

“La idea era demostrar quién era el que más aguantaba, pero no pensé que pudiera quedar embarazada, porque no era mucho tiempo, solo un juego”, comentó preocupada la niña.

Por su parte, Luz Marina Peláez Vanegas, encargada del proyecto de ‘Salud Sexual Reproductiva’ de la Secretaría de Salud de Medellín, señaló que “este tipo de juegos se vienen escuchando desde hace un año, a través de los relatos de chicas embarazadas. Tienen sus variaciones, pero en esencia son relaciones sexuales grupales, que son en su mayoría indiscriminadas y sin la debida protección. Se dan principalmente en fiestas, fincas o lugares donde no hay control de los adultos”.

De acuerdo con las autoridades de Medellín: 6,967 mujeres entre los 10 y los 19 años, quedaron embarazadas el año pasado; en el 2011 fueron 6,880 mujeres en el mismo rango de edad.

Lo preocupante es que el 82.5 por ciento de estos embarazos en mujeres adolescentes acaban en un aborto clandestino.

Los indicadores mostrados en el Concejo de Medellín dicen que en el último debate de la niñez, el porcentaje de adolescentes gestantes con sífilis que han sido diagnosticadas y tratadas antes de la semana 17, es del 40.9 en el 2012 y de 42.3 en 2011. Además, el año pasado, se detectaron tres casos de SIDA en mujeres adolescentes gestantes.

DANILO GENTILI CONDENADO POR PIADA SEM GRAÇA

Danilo Gentili, piadas sem graça e preconceito
pela audiência
Doadora de leite materno ganha processo contra Danilo Gentili

Alvo de uma piada do humorista Danilo Gentili, Michele Rafaela Maximino, 31, ganhou um processo contra o humorista. De acordo com a sentença emitida nesta terça-feira (29) pela juíza da 2ª Vara Cível de Olinda, Cíntia Daniela Albuquerque, a Band pagará multa diária de R$ 5 mil caso não retire da internet o trecho do programa 'Agora É Tarde' onde Gentili fez a brincadeira de mau gosto.

Além de Gentili e da Bandeirantes, também são réus da ação a TV Tribuna, emissora afiliada da Band em Pernambuco, e o humorista Marcelo Mansfield.

Michele já doou mais de 300 litros de leite materno para hospitais de Pernambuco e tenta entrar para o livro dos recordes como a maior doadora do mundo. No programa exibido no último dia 3 de outubro, Danilo chamou a pernambucana de "vaca" e a comparou com o ator pornô Kid Bengala.

"A justiça está sendo feita. Ele falou essas barbaridades, e eu estava fazendo um incentivo às mães a doarem leite. Eu achei isso um horror. Até hoje estou traumatizada", afirmou Michele, que disse que virou piada na cidade onde vive.

Segundo ela, a produção do programa usou sua imagem sem autorização. "Eu não assisti no dia. A população de Quipapá viu e ligou para minha casa. Já foram acusando o meu marido de ter vendido a minha imagem para a Band, mas eu liberei as fotos apenas para a Globo, para o portal", contou.

Procurada, a assessoria de imprensa da Band, que também responde por Danilo Gentili, disse que não comenta o assunto.

A VERGONHOSA LEI LUCIANO HUCK!


Vocês imaginam a possibilidade de Michele Obama advogar? Pois, era uma grande advogada, antes de seu marido ser eleito. Agora fica em casa, pois tem ética e pudor. Aqui no Brasil, isso falta e MUITO.

Luciano Huck, apresentador da Rede Globo
Luciano Huck contrata escritório da mulher de Cabral e ganha de presente decreto do governador que libera sua casa em Angra.

Mais um caso escandaloso envolve o governador Sérgio Cabral e sua mulher Adriana Ancelmo. É mais uma situação em que um cliente do escritório de sua mulher é beneficiado pelo governador Sérgio Cabral.
Desta vez envolve o apresentador da TV GLOBO, Luciano Huck. O artista tem uma mansão em Angra dos Reis, que foi construída de forma irregular e por isso responde processo movido pela Prefeitura do município.
Luciano Huck contratou o escritório de advocacia da mulher de Sérgio Cabral e, coincidentemente (?), o governador assinou um decreto que liberou as construções em Angra dos Reis e na Ilha Grande.

O decreto de Cabral é uma aberração tão grande, que ambientalistas o apelidaram de Lei Luciano Huck, porque beneficiou o apresentador.
Hoje, o jornal Estado de S.Paulo publica a denúncia gravíssima (vejam abaixo). Mais uma denúncia que envolve negócios particulares da mulher de Sérgio Cabral com decisões tomadas pelo governador, que beneficiaram os clientes da esposa. Os jornais do Rio continuam ignorando o assunto.

O Ministério Público, estranhamente diante de tantas evidências, denúncias e fatos comprovados, até agora não se manifestou. Os deputados vão pedir uma CPI para apurar a situação do Metrô que é cliente da mulher de Cabral e teve sua concessão prorrogada por mais 20 anos pelo governador.

E isso é só a ponta do iceberg!

Pois, aguarde que a situação é inusitada.

AGORA, COMEÇA-SE A ENTENDER PORQUE O ESCRITÓRIO DE ADRIANA ANCELMO CRESCEU TANTO, DESDE QUE O SEU MARIDO SÉRGIO CABRAL ASSUMIU O GOVERNO. QUEM PRECISA DE CONTRATOS, DE DECRETOS, DE AUTORIZAÇÕES DO GOVERNADOR ENCONTROU O MELHOR CAMINHO, CONTRATAR O ESCRITÓRIO DE SUA MULHER.


Amigos, repassem. E a nossa única arma. Temos que mudar nosso país. Como um país tão rico pode ser tão desigual?

Desigual é pouco, o melhor seria dizer: CORRUPTO.

Está cada vez mais difícil acreditar nas pessoas que se ‘metem’ na política e na gestão das coisas públicas deste país !

AS ORIGENS DO BANCO HSBC


De Londres a Hong Kong, as belas fachadas dos grandes centros de negócios com frequência escondem a violência de suas origens. Esse é o caso do banco HSBC, cujas raízes mergulham em guerras coloniais e comerciais conduzidas pelo Império Britânico na Ásia

No outono europeu de 2009, quatro letras ? H, S, B e C ? lideravam as principais manchetes dos jornais quando um antigo funcionário desse célebre banco enviou ao fisco francês uma lista de clientes suspeitos de fraude. A mesma sigla aparece de novo em 2011, dessa vez no contexto da demissão anunciada de cerca de 30 mil pessoas. Mas o que está por trás dessas letras? Geralmente, elas são precedidas da expressão “banco britânico”, mas, na verdade, trata-se da abreviação de Hong Kong & Shanghai Banking Corporation. A trajetória dessa empresa de compradores[comerciantes] na China, com sede londrina com vista para o Rio Tâmisa, começa com uma história de ópio.

No início do século XIX, nasceu em Londres, capital do Império Colonial Britânico, a Companhia Peninsular e Oriental de Navegação a Vapor (P&O ? Peninsular and Oriental Steam Navigation Company).1 Seu primeiro navio de carga a vela e a vapor, o San Juan, saiu das docas de Londres em 1° de setembro de 1837 para encalhar em águas rasas. Outros navios da companhia afundaram, entre os quais o Carnatic, cujos destroços foram encontrados nos recifes de Abou Nawas [no Mar Vermelho].

Mas a companhia sobreviveria à má sorte. Em 1839, a P&O assinou os contratos para o transporte do correio para Alexandria (Egito), via Gibraltar e Malta. Depois de se fundir com a Companhia Transatlântica de Navios a Vapor (Transatlantic Steamship Company), ela criou, em 1844, aquilo que se pode chamar de os primeiros cruzeiros de luxo no Mediterrâneo. Dez anos mais tarde, a P&O ligaria seu destino ao da Companhia de Navegação a Vapor das Índias Britânicas (BI ? British India Steam Navigation Company), cujos navios transportavam o correio entre Calcutá (Índia) e Rangun (Birmânia). Seu proprietário, James Mackay, um administrador colonial escocês, iria se tornar presidente da P&O, a qual, por fim, absorveria a BI.

O próprio Mackay mantinha relações estreitas com Sheng Xuanhai, ministro dos Transportes da China na dinastia Qing (Manchu), a última a reinar, até a abolição do governo imperial em janeiro de 1912. Favorável à introdução da tecnologia ocidental apesar das tensões político-militares, Sheng se tornou defensor dessa causa especialmente em Xangai – onde fundou a Universidade Jiao Tong, orientada para a mecânica, engenharia e equipamentos militares –, depois em Hong Kong. Desempenhando um papel importante, ele promoveu a cidade como a mais tecnológica da China. Em 1902, Sheng e Mackay fecharam, em nome da China e do Reino Unido, um acordo conhecido como Tratado Mackay, que versava sobre a proteção de marcas e patentes.

Foi nesse contexto que outro escocês, Thomas Sutherland, entrou para a P&O. Ele fez carreira na empresa, colaborou para a construção das docas em Hong Kong e se tornou o superintendente da P&O, mas também o primeiro presidente da Hong Kong e Whampoa Dock, em 1863. Nessa época, 70% do frete marítimo estava relacionado com o ópio vindo das Índias, vendido aos chineses por negociantes britânicos e outros, para desespero das autoridades chinesas, que tentavam, em vão, fazer oposição a esse comércio.

Sutherland entendeu a mensagem: a configuração era ideal para o desenvolvimento de um banco comercial. Com outros, ele fundou em 1865 o Hong Kong & Shanghai Banking Corporation, o famoso HSBC. No conselho de administração, presidido por Francis Chomley, estava igualmente a sociedade comercial Dent & Co., cujo nome vem de seu criador, Thomas Dent. Em 1839, o alto funcionário chinês Lin Zexu, reconhecido por sua competência e rigidez moral, havia lançado contra ele um mandato de prisão com o objetivo de forçá-lo a abandonar seus armazéns de ópio, que violavam a proibição decretada pelas autoridades chinesas. Esse foi um dos elementos que provocaram a Primeira Guerra do Ópio, encerrada em agosto de 1842 pelo primeiro “tratado desigual”, o de Nanquim.

No fim da Segunda Guerra do Ópio (1856-1860), as potências britânica e francesa imporiam a criação de concessões territoriais sob administração estrangeira, a abertura de vários portos chineses ao comércio estrangeiro e a legalização do comércio de ópio. O conflito terminaria cinco anos antes de Sutherland criar o HSBC. O banco escolheu bem o nome: alguns desses caracteres significam, em chinês, “reunir”, “colheita” e “riqueza”.

De fato, o HSBC reuniu suas primeiras riquezas graças à colheita do ópio das Índias, depois do Yunnan [província do Sudoeste da China]. Desde 1920, filiais se instalaram em Bangcoc e Manila. Depois de 1949, o banco concentrou suas atividades em Hong Kong e, entre 1980 e 1997, instalou-se nos Estados Unidos e na Europa. Só mudou sua sede social de Hong Kong para Londres em 1993, antes da devolução do território à República Popular da China, anunciada em 1997.

Em 1999, as ações do HSBC Holdings foram cotadas em terceiro lugar na Bolsa de Nova York. O grupo adquiriu a Republic New York Corporation (atualmente integrada à HSBC USA Inc.), assim como a empresa irmã Safra Republic Holdings SA (hoje HSBC Republic Holdings SA, em Luxemburgo). Em 2007, o grupo registrou um resultado recorde, descontado o pagamento de impostos, de US$ 24 bilhões, dos quais 60% vêm de mercados emergentes da Ásia, do Oriente Médio e da América Latina. Pela primeira vez, os lucros acumulados na China atingiram US$ 1 bilhão naquele mesmo ano ? tanto quanto na França. Segundo resultados publicados em 1º de agosto de 2011, os lucros comerciais bancários do HSBC apresentaram um crescimento de 31%, e seu faturamento bruto se elevou a US$ 11,5 bilhões.

Desde o fim de 2010, é o escocês Douglas Flint quem manda nos destinos do HSBC Holdings. E, desde março de 2011, Laura May Lung Cha é a presidente adjunta, não executiva, do HSBC. Uma ascensão tão notável que a fez delegada de Hong Kong no 11° Congresso da República Popular da China...

Via Fórum anti-nom e Diplomatique

BRASILEIROS FURTADOS EM MIAMI

A cada 3 dias, um turista brasileiro é furtado em Miami ou Orlando, nos EUA
Violência foi o argumento usado pelo governo dos EUA para desviar o turismo de compras de Ciudad del Este no Paraguai para Miami e cidades norte-americanas. A campanha deu certo, graças à mídia comercial, mas hoje em dia é justamente a violência que está afastando os turistas estrangeiros dos EUA. Além dos riscos de atentados terroristas, os turistas enfrentam o aumento no número de roubos e assaltos.
O boom de brasileiros cheios de sacolas e dinheiro no bolso nos Estados Unidos fez surgir um efeito colateral. A cada três dias, um turista brasileiro é furtado em Miami ou Orlando - os principais destinos de passeio e compras da Flórida. Os dados são do Consulado-Geral do Brasil em Miami, que alerta que os números “representam apenas um subconjunto do universo total de ocorrências”.
A quantidade de furtos e roubos pode ser muito maior - geralmente, o consulado só é notificado quando os ladrões levam também algum documento das vítimas. Caso contrário, só a polícia local é acionada e dificilmente consegue recuperar as mercadorias levadas.
Com hábitos de compra peculiares - e abundantes -, os brasileiros viraram alvo fácil. Saem das lojas carregados de sacolas de grife com roupas, brinquedos e eletrônicos. A maioria dos furtos acontece dentro dos outlets, em lojas de departamento, estacionamentos de shopping e até nos hotéis.
Apenas de janeiro a abril deste ano, o consulado registrou 44 ocorrências de furto em Miami e Orlando - 35% do total que chegou ao conhecimento das autoridades em 2011. Metade dos brasileiros (49,7%) que vão para os Estados Unidos tem a Flórida como destino, segundo a organização de viagens U.S Travel.

‘Saidinha da Apple’

Há cerca de um mês, um casal de São Paulo teve todas as compras furtadas no estacionamento do Florida Mall. “Compramos computador, iPad, iPhone. Deixamos tudo na mala do carro e fomos a uma loja de brinquedos. Não passaram 15 minutos e fomos avisados de que o vidro do carro havia sido arrombado”, conta a médica Sandra Marins, de 45 anos. “Só sobrou o computador porque a caixa era grande.”
Com dois amigos e cinco crianças, Sandra havia alugado uma van com vidro fumê. O cuidado não adiantou - ela acredita ter sido seguida da loja até o estacionamento. “Sabe a saidinha de banco? No nosso caso, foi saidinha da Apple.”
Na loja. Em outros casos, os turistas relatam furtos dentro dos shoppings. A bancária Virgínia Caetano, de 46 anos, estava com o filho e os sobrinhos em uma loja de roupas em Orlando - “daquelas escuras e com som altíssimo” -, quando sentiu algo mexer nas suas costas. O bolso da mochila havia sido aberto.
“Levaram a carteira com minha habilitação, US$ 200 e cartões de crédito “, conta. “Reclamei com a loja e não deram a mínima. Uma brasileira que trabalhava no quiosque da frente falou que acontece todo dia.” Virginia bloqueou os cartões rapidamente, mas os ladrões gastaram U$ 3,5 mil dólares nos cartões de crédito em outras lojas do mesmo shopping. “Pode ter gente do comércio e policiais envolvidos”.
Outro risco é o roubo de passaporte. No comércio clandestino um passaporte de brasileiro é vendido por até 1 mil dólares. O documento terá a fotografia trocada e poderá ser usado por terroristas, traficantes ou criminosos internacionais, podendo trazer muitos problemas - e despesas com advogados estrangeiros - ao proprietário

domingo, 17 de novembro de 2013

MÉDICOS CUBANOS, POR DIONISIO OLICSHEVIS



Muito se falou a respeito dos médicos cubanos que vieram trabalhar no Brasil, a convite do Governo Federal, pelo programa Mais Médicos, que levam profissionais da medicina para os mais longínquos rincões de nosso país, onde os profissionais brasileiros não se interessam em ir.
Mas uma das opiniões mais interessantes e isentas, a respeito do tema foi dada pelo meu amigo Dionísio Olicshevis, a quem tive a honra de ter como conselheiro, na época em que fui presidente do Rotary Club de Curitiba Rebouças. 
Por isso, a publico na íntegra, mesmo com um pouco de atraso, devido a um problema técnico de meu computador, que foi infestado por vírus e por tal motivo não pude publicar antes.
Dionísio Olicshevis


Olá meus caros amigos e caras amigas da internet: 
Vou pensar de forma contrária em relação aos médicos cubanos...

Ficamos todos pensando que a chegada dos discípulos de Fidel vai conseguir "curar" e "socializar" (amplamente) nossa população. Nenhuma coisa nem outra...

Há no ar, uma certa preocupação consistente no fato dos médicos cubanos virem com ideias e ideais socialistas e pior, terem a possibilidade de inocular conceitos, princípios, diria, não democráticos, não libertários... Socializantes...

Permitam-se pensar diferente.

Sim.

O nosso povo quer mais saúde...

Menos filas nas portas e ruas das entradas dos hospitais.

Menos pessoas sendo atendidas nos corredores.

Menos pessoas morrendo sem atendimento por falta de estrutura e instalações, leitos, e também médicos.

O povo não quer e não vai se alimentar de ideias socialistas, aliás nem sabem direito o que é isso. Tampouco sabem o que é melhor, se socialismo, capitalismo, democracia, ditadura, entre outras formas de governo e dominação do povo.

Vamos pensar junto: Quando falta dinheiro (comida) o amor sai pela janela. Quando falta saúde, nada mais resta ao ser humano senão esperar a morte.

Entendo perfeitamente bem a reação contrária de grande parte da população, e especialmente da classe médica.

Tem comentários interessantes e consistentes.

Ocorre que, se falta estrutura física e profissionais, vamos pelo menos resolver uma parte do problema. Mais médicos...

Ou vamos continuar precisando suprir as duas necessidades básicas?

Ai vem a pergunta: Porquê não estimular "nossos" médicos!

Simples. Eles não existem, pois desde que existe vestibular é, nesse curso, que a concorrência é muito mais acirrada.

Onde está o problema: Durante anos deixamos de investir na saúde e na Medicina, e especialmente na formação de professores de Medicina. Quase em todas as profissões, e na médica isso é evidente, não existem, ou são raros os professores com dedicação exclusiva em Universidades, pesquisas de novas tecnologias. Tudo que existe de novo vem do exterior...

Aliás, médicos que tentam avançar com tratamentos revolucionários no Brasil são processados pelo CRM - Conselho Regional de Medicina.

Aliás, mais me parece que o CRM e outros Conselhos Profissionais mais de preocupam em manter a situação como está, num corporativismo negativista às profissões que defendem, que tentarem melhorar as pesquisas e estimular, por exemplo, nossa evolução intelectual em determinadas áreas do conhecimento.

Deveríamos, pelo menos, ajudar um médico brasileiro e ser indicado ao Prêmio Nobel, seja da Medicina ou outra profissão!

Simples, como disse, não há médicos, porque a população ao invés de sair às ruas para pedir mais professores de Medicina, vai às ruas para tentar derrubar dos cargos os corruptos...

A maior corrupção dos políticos é manter a população sem atendimento, especialmente o médico. Profissão das mais nobres, que cuida do maior bem do ser humano: A vida! 

Os médicos formados, mesmo recentemente, não se sujeitam ao trabalho em cidades sem poder aquisitivo da população, ou onde os médicos são remunerados de forma ridícula pelo Poder Público.

Isso sim é corrupção. O povo precisa sair às ruas para pedir remuneração justa para aqueles que cuidam do seu maior bem: A vida! Os médicos, dos quais muitos trabalham porque são são idealistas, exercem a Medicina como um sacerdócio!

Se aumentarmos nossa lente visual vamos ver que os orçamentos públicos federais (só o Governo Federal tem verbas gordas), são peças de negócios entre nossos deputados e senadores, que votam mais recursos aos seus redutos que sejam capazes de se reeleger! 

Dai a decisão é muito mais voltada a conseguir recursos para "obras" visuais - que para os serviços médicos.

Ou seja: O principal e mais importante bem, a saúde, aquele que deveria receber maiores cuidados, fica em segundo plano... Terceiro plano...

Evidentemente que muitas doenças decorrem da falta de saneamento, mais água tratada, menos esgoto a céu aberto... Obras públicas nesse sentido também são necessárias... Mas haja corrupção nessa área...

Olhando para nós mesmos, para dentro, evidentemente que a própria população deveria desenvolver hábitos mais saudáveis. Isso também é educação. Nossa cultura é nada saber, saber mal, ou querer saber além das nossas possibilidades mentais.

A população nem sabe porque fica doente, e que poderia ter evitado uma doença, se tivesse adotado hábitos tais como: Não fumar, só por exemplo... Escovar os dentes regularmente...

Falta-nos desenvolver cuidados muitos simples para melhorar nossa saúde, ou então vamos precisar de muito mais médicos.

Mas ai é outra história.

Vamos dar sequência à conversa dizendo o seguinte:

Vamos antes de tudo procurar nos tranquilizar em relação ao medo que existe da nossa população ser contaminada com ideias socialistas!

Vamos pensar que a população precisa muito de mais médicos e não conseguiu formar esses profissionais em número suficiente nos últimos 100 anos.

Vamos pensar que precisamos melhor remunerar os nossos médicos.

Vamos pensar em estimular a formação de mais médicos em Universidades Brasileiras.

Vamos estimular as pesquisas até conseguirmos pelo menos ter um brasileiro sendo indicado para Nobel da Medicina.

Vamos pensar que o brasileiro é pluralista, e aqui é o País da diversidade, sem igual... E assim pensando vamos compreender que não vai fazer mais mal ter um brasileiro socialista (nem sabem bem o que é isso...), que ter um brasileiro morrendo por falta de atenção médica...

Basta pensar num familiar seu, como foi meu caso, que tive um parente morrendo nas filas e corredores de hospitais...

Vamos pensar que elegemos uma presidente, e antes dela também, que tem ideias socialistas e agora temos que aguentar a queda de braço.

Sou otimista, porque a "direita", aliás nem sei se existe de verdade, ficou anos no poder (desde que nos tornamos uma República) e não conseguiu inocular no povo seus ideais, penso aqueles que estão do poder atualmente também não vão conseguir tamanho feito...

Aliás, nossa população nesse quesito é melhor que qualquer outra: NÃO SE DEIXA LEVAR POR NENHUMA COR OU PROPOSTA POLÍTICA. SEJA POR DESISTERESSE, SEJA POR DESCONHECIMENTO, SEJA PORQUE SABE QUE NESTE PAÍS JÁ TIVEMOS TANTAS PROMESSAS NÃO CUMPRIDAS QUE OS OUVIDOS JÁ NÃO MAIS TEM AUDIÇÃO PARA ESCOLHER POLÍTICOS. ATÉ PORQUE TODOS, OU A MAIORIA MACIÇA, DÁ MOSTRAS DIÁRIAS DE QUE OS INTERESSES PESSOAIS SEMPRE FICAM MUITO ACIMA DOS INTERESSES COLETIVOS. TEMOS RARAS EXCEÇÕES... 

Nosso povo quer manter o Carnaval, futebol, e tantas outras manifestações voltadas à alegria, que se envolver com a política e qualquer das suas cores...

Até chego a pensar que somos capazes de ficar felizes mesmo doentes, mas assistindo uma partida de futebol, que saudáveis se nos for impedido ou dificultado ir ao campo de jogo da bola.

Nosso povo vai continuar votando "nas conversas", nos mais simpáticos, nos mais bonitos, nos mais abastados, e neste último quesito tem gente pobre mas rica, e com dinheiro suficiente para sustentar campanhas de altos custos... De várias origens, algumas fruto da corrupção, é claro... Mas tendo patrocinadores de campanhas que corrompem o possível futuro político, antes mesmo de ser eleito... Aliás tem patrocinadores que sabem muito bem como fazer para permanecer "no comando". Simplesmente patrocinam todos os partidos e os candidatos mais bem cotados para vencer as eleições, e dai conseguem com facilidade obter as benesses de realizar as obras públicas que sustentam essas eleições... Fácil, fácil.

Com todas essas mazelas, vamos ficar preocupados com médicos cubanos?

Sai dessa amigo, amiga!

Deixa que eles venham ajudar a melhorar e a cuidar a saúde do nosso povo.

E quero anotar que nem de longe estou de acordo com o caos que está virando nosso País nas mãos dos atuais detentores do poder...

Estão conseguindo, em parte, corromper até o Poder Judiciário maior, o Supremo Tribunal Federal. É mole ou quer mais... Ainda bem que tem ministros independentes, que ainda são a maioria. Mas pode mudar esse quórum e placar...

Finalmente não nos esqueçamos: A MEDICINA DE CUBA É RECONHECIDA PELA SUA QUALIDADE.

Não se trata de uma medicina melhor nem pior da brasileira. Longe de comparações. Trata-se de uma boa medicina a cubana.

Vamos então pensar diferente.

Vamos localizar melhor onde está a corrupção.

Se nos desvios de recursos públicos; ou se na corrupção dos programas e projetos que os políticos não apresentam e quando apresentam não cumprem, e quando cumprem só um pouquinho se reelegem facilmente.

Vamos acordar! Acorda Brasil!

Dionísio Olicshevis - Pensamento próprio.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A PRIMEIRA DEPILAÇÃO NINGUÉM ESQUECE

"Tenta sim. Vai ficar lindo."

O texto abaixo foi retirado da internet. É dedicado às mulheres, mas os homens também devem ler, para saberem o drama da depilação feminina

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. 

Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.

- Vai depilar o quê?

- Virilha.

- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.

- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?

- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.

Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona.

Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.

Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. 

Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.

Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas.

Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era

O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?

- é... é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.

- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.

- Assim?

- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.

- Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.

Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.

Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.

Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.

Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.

Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas. 

- Quer que tire dos lábios?

- Não, eu quero só virilha, bigode não.

- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

- Olha, tá ficando linda essa depilação.

- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta".

Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?

- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la.

Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?

- Hein?

- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.

- Segura sua bunda aqui?

- Hein?

- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava De cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?

- Sim... sonhei de novo com o cú de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cús por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera.

Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo.
Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.

- Máquina de quê?!

- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.

- Dói?

- Dói nada.

- Tá, passa essa merda...

- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?

- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.

- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar. .. eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais.

Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso.

Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.