terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

MUDANÇA BEM VINDA, POR MARCELO JUGEND

Reprodução de matéria publicada no jornal Gazeta do Povo, ma coluna Falando de Segurança.


Na semana que passou tivemos uma ótima notícia vinda do Rio de Janeiro. Sua Polícia Militar decidiu instituir a carreira única. 
Patrulheiros da Polícia de Nova York, uma das mais festejadas
do mundo, que é municipal, civil, e tem carreira única –
 A foto é do autor.

Não é pouca coisa. Trata-se de romper um dos paradigmas mais consolidados da cultura policial brasileira. E a verdade é que romper paradigmas é o único caminho que pode conduzir a algum resultado positivo quando se trata de melhorar a nossa segurança pública. Pensar “fora da casinha”, certo?

Vejam. O modelo atual prevê duas portas de entrada nas polícias. Há um concurso para a base (investigador, escrivão ou papiloscopista nas polícias civil e federal, e praça, na militar) e outro, diferente, para a cúpula (delegado e oficial, respectivamente).

Ou seja, cada polícia tem duas carreiras distintas, incomunicáveis entre si. Isso representa uma distorção de efeitos terríveis. Já não basta que temos duas polícias, cada uma devendo fazer a metade de um trabalho que é único, com todas as complicações que isso representa (bancos de dados distintos, retrabalho, falta de cooperação, rivalidade, etc.). Ainda precisamos ter, para piorar, duas polícias dentro de cada uma delas!

A primeira consequência negativa é a falta de unidade e interação entre profissionais que devem trabalhar em equipe. Isso graças ao que os mais ácidos costumam chamar de “concurso para chefe”. A pessoa já inicia sua carreira em postos de comando. Convenhamos, uma aberração. Tanto que só existe no Brasil.

Um delegado em início de carreira comanda investigadores que já estavam na polícia, enfrentando o dia-a-dia nas ruas, quando ele nasceu! Do mesmo modo na polícia militar, jovens aspirantes a oficial de 24, 25 anos, saem da academia dando ordens a sargentos com mais de 30 anos de experiência!

Não pode, claro, resultar boa coisa. E não resulta. Esta é a segunda consequência negativa, decorrência direta da primeira. Os policiais civis desprezam os delegados, a quem não consideram como policiais autênticos. E são por eles plenamente correspondidos, com frequentes e habituais abusos de poder.

No meio militar é ainda pior. A hierarquia rígida gera forte discriminação, dos oficiais, carregados de privilégios, sobre as praças (soldado e sargento, principalmente), cujo único direito, segundo aqueles, é o de “obedecer sem discutir”.

Relatos de humilhações, assédio moral, e mesmo tortura, são frequentes. Vai daí que as praças nutrem pelos oficiais um ressentimento que muitas vezes se confunde com verdadeiro ódio.
Ora, em toda organização, policial ou não, é sabido que quem começou por baixo reúne melhores condições de comandar, quando ascender ao topo. A experiência do dia-a-dia do trabalho prático fornece ao profissional a visão completa de que vai precisar quando tiver que dizer aos que o exercem a melhor maneira de fazê-lo.

No mundo todo os chefes de polícia iniciaram suas carreiras fazendo rondas no quarteirão, ou patrulhando as ruas. No Brasil é exatamente o contrário! Quem faz ronda e patrulha jamais poderá chegar ao comando.

E os que lá chegam, são necessariamente aqueles a quem falta a experiência prática da atividade-fim de sua profissão.

Um absurdo evidente. Mas mesmo assim vinculado à cultura policial nacional, e aceito com naturalidade. Como se fosse banal.

Isso é o pior dos mundos. Quando nos acostumamos com uma aberração a ponto de considerá-la normal, é que já estamos à beira do precipício.

É essa a barreira que a PM do Rio de Janeiro acaba de quebrar.

Lá, daqui por diante, todos entrarão pela mesma porta, e no mesmo lugar. No decorrer da carreira os mais capazes, os que mais estudarem, os que mais se destacarem, subirão aos postos de mando. Quando lá chegarem, terão duas vantagens insubstituíveis. Conhecerão todos os aspectos de sua profissão, e terão convivido com seus comandados em condições de igualdade, enfrentando juntos os mesmos desafios.

Claro que essa mudança, tão significativa, não caiu do céu. Ela é uma das consequências, já claras, de que a consciência nacional como um todo finalmente se convenceu de que não é possível continuar tudo como está, há tanto tempo, sem resultado.

A esperança, agora, é que a coragem dos cariocas se propague aos demais Estados.

Tenho certeza de que você está se perguntando: então, isso vai resolver o problema da criminalidade no Brasil?

Na minha opinião, não. Ajuda, mas não basta.

É uma medida importante, talvez até mesmo revolucionária. Mas nem por isso suficiente. Há inúmeros outros paradigmas, tão sólidos e decisivos quanto este, ou até mais, esperando para serem quebrados.

E só quando os enfrentarmos com a mesma coragem é que poderemos almejar ver uma pequena luz no fim do túnel.

Podem ter certeza de que, ao longo das nossas conversas, todos eles vão acabar aparecendo por aqui, um dia ou outro.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

SUELI INCKOT É A GOVERNADORA INDICADA PARA 2017-2018


A Governadora Lourdinha Caldas comunica que a Comissão de Indicação do Governador 2017-18 do Distrito 4730 do Rotary International, formada pelos companheiros Luiz Alberto Scorsin (Presidente), Silvia Maria de Campos, Arlindo Venturim, Alcino de Andrade Tigrinho, Evaldo Artur Hasselmann, Paulo Augusto Zanardi e e Jaroslaw Hrebinnik, reunida no dia 26 de janeiro de 2015, às 19 horas, na Sede do Distrito, decidiu por unanimidade aprovar a indicação da companheira Sueli de Fátima Karas Inckot, associada ao Rotary Club de Araucária, onde ocupa a classificação Administração Pública, como candidata à Governadora Indicada do Distrito 4730 para o ano rotário 2017-18. 

Na mesma oportunidade o companheiro Arlindo Venturim, Governador do Distrito 4730 no ano 2012-13, associado ao Rotary Club de Curitiba- Imigrantes, classificação Assessoria Previdenciária, foi selecionado para o cargo de Vice-Governador do Distrito 4730, para o mesmo período, nos termos do Artigo 6.120.1 do Regimento Interno do Rotary International.

Sendo a rotariana Sueli a única candidata apresentada a Governadora Indicada, não havendo condições regimentais para a apresentação de candidato opositor, conforme trata o Artigo 13.020.8 do Regimento Interno do Rotary International,declaro a companheira Sueli de Fátima Karas Inckot candidata indicada ao cargo de Governadora do Distrito 4730 do Rotary International para o ano 2017-18 e endosso a seleção do companheiro Arlindo Venturim para o cargo de Vice-Governador do Distrito no mesmo período.

PARA FALAR DO PREÇO DA GASOLINA SEM FALAR BOBAGEM

Conheça sete informações importantes pra não cometer gafes e pagar mico ao falar sobre o preço da gasolina no Brasil
Por Sidney Braga, GGN
1 - 27% do preço da gasolina é o Imposto ICMS, de responsabilidade do governador do seu Estado. Portanto cobre dele. Fonte:http://www.br.com.br/wps/wcm/connect/portal+de+conteudo/produtos/automotivos/gasolina/como+sao+formados+os+precos+da+gasolina
2 - 6% referem-se a Impostos Federais, tais como CIDE, PIS e COFINS. Aqui você pode e deve cobrar do Governo Federal.
3 - Ao contrário do que dizem por aí, a gasolina do Brasil está longe de estar entre as mais caras do mundo. Após os recentes reajustes, a gasolina brasileira ocupa a posição 73 neste ranking. Fonte:http://pt.globalpetrolprices.com/gasoline_prices/
4 - A gasolina brasileira já esteve entre as 20 mais caras do mundo em 2002. Fonte:http://www.nationmaster.com/country-info/stats/Energy/Gasoline-prices
5 - O custo da matéria prima (petróleo) no preço da gasolina não chega a 20% no Brasil. Além disso, boa parte da matéria prima é nacional, não dependendo do preço do barril no mercado internacional. É por isso que quando o preço do barril subiu, o preço da gasolina brasileira não subiu. Pelo mesmo motivo, quando o preço do barril despencou, o preço da gasolina não acompanhou a queda.
6 - De 95 a 2002, o preço da gasolina teve reajuste de 350% em 8 anos. Média de 44% ao ano. De 2003 a 2015, a gasolina foi reajustada em 45%, média de 3.75% ao ano. Ou seja, o reajuste nos últimos 12 anos foi equivalente a média de 1 ano do período anterior.
7 - Em 1994, era possível comprar 127 litros de gasolina com um salário mínimo. 8 anos depois, em 2002, o poder de compra da gasolina diminuiu e era possível comprar 97 litros do combustível com o salário mínimo. Atualmente, após os reajustes, é possível comprar 220 litros com o mesmo salário mínimo.