sexta-feira, 15 de outubro de 2010

PIRATARIA DA MOTOROLA

Fato inusitado me aconteceu. Ano passado, comprei um aparelho de telefone fixo da motorola. Pouco depois, ainda durante o prazo de garantia, o aparelho deu problema.
Procurei pela loja que me vendeu o aparelho e o serviço de atendimento ao consumidor da motorola, por telefone, e me indicaram uma empresa de assistência técnica de Curitiba, já conhecida pelo péssimo atendimento que presta aos clientes. Mal entrei na dita assistência técnica e nem quiseram me atender, dizendo categoricamente que não trabalhavam como aparelhos de telefonia fixa, somente com aparelhos de celular.
Assim, procurei, ainda, realizar o conserto do aparelho em uma oficina particular, já que o atendimento ao consumidor da empresa não indicava qualquer outra alternativa. Chegando a uma loja que poderia prestar assistência, ao mostrar o aparelho, fui informado pelo proprietário da loja que o mesmo fazia parte de um lote de aparelhos importados que em sua maior parte apresentaram defeito na bateria. O problema maior é que as peças de reposição não foram importadas e não havia bateria similar que pudesse ser utilizada para resolver o problema.
Sem outra alternativa, obriguei-me a ajuizar ação de indenização em face da fabricante do aparelho, assim como da revendedora do mesmo, dada a responsabilidade subsidiária.
Como advogado, já ouvi muitas desculpas esfarrapadas para a empresa fabricante eximir-se da responsabilidade pelo defeito apresentado. Mas nenhuma como a da motorola.
Simplesmente eles alegam que não fabricaram o aparelho!
Dizem, na maior cara de pau, e por escrito nos autos, o que pode ser conferido por qualquer um, que o aparelho foi fabricado por outra empresa, e a preposta da fábrica simplesmente desconhece qualquer ligação da motorola com esta empresa, seja no Brasil ou na matriz.
É tão absurda a argumentação, de dizer que um aparelho vendido pela empresa, tendo estampado o nome desta empresa tanto no aparelho como na embalagem, assim como na nota fiscal, simplesmente dizer que desconhece o aparelho e que o mesmo é fabricado por uma outra empresa, que ninguém conhece.
Mais indignado, ainda, ficou o revendedor do aparelho, que o adquire diretamente da fábrica, mediante nota fiscal de compra.
Está, então, vendendo um aparelho pirata, adquirido da própria motorola.
Realmente, é um absurdo de grandes proporções.

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