sexta-feira, 8 de julho de 2011

TESOURO DERRUBA JUROS NA CAPTAÇÃO


A emissão de títulos da dívida brasileira no exterior pagará a menor taxa de juros da história. Segundo o Tesouro Nacional, responsável pela operação, serão pagos 4,188% ao ano, patamar mais baixo alcançado para papéis em dólar com prazo de dez anos. Ao todo, foram captados US$ 500 milhões de investidores norte-americanos e europeus.

Para papéis de dez anos, a menor taxa até agora tinha sido de 4,875% ao ano, obtida em duas captações, em abril e julho de 2010. A emissão desta quinta foi o primeiro lançamento de títulos da dívida externa no ano. As últimas operações tinham ocorrido em setembro e outubro do ano passado. Os recursos captados no exterior serão incorporados às reservas internacionais no próximo dia 14.

A taxa de juros que o Tesouro deve pagar para estes papéis nos próximos 10 anos representa um terço da Selic, taxa básica de juros da economia. A alíquota, atualmente em 12,25%, definida a cada 45 dias pelo Comitê de Política Monetária (Copom) é a referência para corrigir um terço do total da dívida brasileira em reais.

Ao emitir no exterior, o governo pega dinheiro emprestado dos investidores internacionais por meio do lançamento de títulos da dívida externa, com o compromisso de devolver os recursos com juros. Isso significa que o Brasil devolverá o dinheiro daqui a dez anos com a correção dos juros acordada, ou seja, de 4,188% ao ano.

O fato de os investidores aceitarem taxas menores significa maior grau de confiança dos investidores de que o Brasil conseguirá pagar a dívida a contento. Como a demanda foi elevada, maior até do que a oferta, foi possível reduzir a promessa de juros. O valor exato da procura não foi divulgado.

Existe a possibilidade de o Tesouro oferecer outros US$ 50 milhões no mercado asiático.

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