quarta-feira, 23 de outubro de 2013

A PRIMEIRA DEPILAÇÃO NINGUÉM ESQUECE

"Tenta sim. Vai ficar lindo."

O texto abaixo foi retirado da internet. É dedicado às mulheres, mas os homens também devem ler, para saberem o drama da depilação feminina

Foi assim que decidi, por livre e espontânea pressão de amigas, me render à depilação na virilha. Falaram que eu ia me sentir dez quilos mais leve. 

Mas acho que pentelho não pesa tanto assim. Disseram que meu namorado ia amar, que eu nunca mais ia querer outra coisa. Eu imaginava que ia doer, porque elas ao menos me avisaram que isso aconteceria. Mas não esperava que por trás disso, e bota por trás nisso, havia toda uma indústria pornô-ginecológica-estética.

- Oi, queria marcar depilação com a Penélope.

- Vai depilar o quê?

- Virilha.

- Normal ou cavada?

Parei aí. Eu lá sabia o que seria uma virilha cavada. Mas já que era pra fazer, quis fazer direito.

- Cavada mesmo.

- Amanhã, às... Deixa eu ver...13h?

- Ok. Marcado.

Chegou o dia em que perderia dez quilos. Almocei coisas leves, porque sabia lá o que me esperava, coloquei roupas bonitas, assim, pra ficar chique. Escolhi uma calcinha apresentável. E lá fui.

Assim que cheguei, Penélope estava esperando. Moça alta, mulata, bonitona.

Oba, vou ficar que nem ela, legal. Pediu que eu a seguisse até o local onde o ritual seria realizado.

Saímos da sala de espera e logo entrei num longo corredor. De um lado a parede e do outro, várias cortinas brancas. Por trás delas ouvia gemidos, gritos, conversas. 

Uma mistura de Calígula com O Albergue. Já senti um frio na barriga ali mesmo, sem desabotoar nem um botão. Eis que chegamos ao nosso cantinho: uma maca, cercada de cortinas.

- Querida, pode deitar.

Tirei a calça e, timidamente, fiquei lá estirada de calcinha na maca.

Mas a Penélope mal olhou pra mim. Virou de costas e ficou de frente pra uma mesinha. Ali estavam os aparelhos de tortura. Vi coisas estranhas.

Uma panela, uma máquina de cortar cabelo, uma pinça. Meu Deus, era

O Albergue mesmo. De repente ela vem com um barbante na mão. Fingi que era natural e sabia o que ela faria com aquilo, mas fiquei surpresa quando ela passou a cordinha pelas laterais da calcinha e a amarrou bem forte.

- Quer bem cavada?

- é... é, isso.

Penélope então deixou a calcinha tampando apenas uma fina faixa da Abigail, nome carinhoso de meu órgão, esqueci de apresentar antes.

- Os pêlos estão altos demais. Vou cortar um pouco senão vai doer mais ainda.

- Ah, sim, claro.

Claro nada, não entendia porra nenhuma do que ela fazia. Mas confiei. De repente, ela volta da mesinha de tortura com uma espátula melada de um líquido viscoso e quente (via pela fumaça).

- Pode abrir as pernas.

- Assim?

- Não, querida. Que nem borboleta, sabe? Dobra os joelhos e depois joga cada perna pra um lado.

- Arreganhada, né?

Ela riu. Que situação. E então, Pê passou a primeira camada de cera quente em minha virilha Virgem. Gostoso, quentinho, agradável. Até a hora de puxar.

Foi rápido e fatal. Achei que toda a pele de meu corpo tivesse saído, que apenas minha ossada havia sobrado na maca. Não tive coragem de olhar.

Achei que havia sangue jorrando até o teto. Até procurei minha bolsa com os olhos, já cogitando a possibilidade de ligar para o Samu. Tudo isso buscando me concentrar em minha expressão, para fingir que era tudo supernatural.

Penélope perguntou se estava tudo bem quando me notou roxa. Eu havia esquecido de respirar. Tinha medo de que doesse mais.

- Tudo ótimo. E você?

Ela riu de novo como quem pensa "que garota estranha". Mas deve ter aprendido a ser simpática para manter clientes. O processo medieval continuou. A cada puxada eu tinha vontade de espancar Penélope.

Lembrava de minhas amigas recomendando a depilação e imaginava que era tudo uma grande sacanagem, só pra me fazer sofrer.

Todas recomendam a todos porque se cansam de sofrer sozinhas. 

- Quer que tire dos lábios?

- Não, eu quero só virilha, bigode não.

- Não, querida, os lábios dela aqui ó.

Não, não, pára tudo. Depilar os tais grandes lábios ? Putz, que idéia. Mas topei. Quem está na maca tem que se fuder mesmo.

- Ah, arranca aí. Faz isso valer a pena, por favor.

Não bastasse minha condição, a depiladora do lado invade o cafofinho de Penélope e dá uma conferida na Abigail.

- Olha, tá ficando linda essa depilação.

- Menina, mas tá cheio de encravado aqui. Olha de perto.

Se tivesse sobrado algum pentelhinho, ele teria balançado com a respiração das duas. Estavam bem perto dali. Cerrei os olhos e pedi que fosse um pesadelo. "Me leva daqui, Deus, me teletransporta".

Só voltei à terra quando entre uns blábláblás ouvi a palavra pinça.

- Vou dar uma pinçada aqui porque ficaram um pelinhos, tá?

- Pode pinçar, tá tudo dormente mesmo, tô sentindo nada.

Estava enganada. Senti cada picadinha daquela pinça filha da mãe arrancar cabelinhos resistentes da pele já dolorida. E quis matá-la.

Mas mal sabia que o motivo para isso ainda estava por vir.

- Vamos ficar de lado agora?

- Hein?

- Deitar de lado pra fazer a parte cavada.

Pior não podia ficar. Obedeci à Penélope. Deitei de ladinho e fiquei esperando novas ordens.

- Segura sua bunda aqui?

- Hein?

- Essa banda aqui de cima, puxa ela pra afastar da outra banda.

Tive vontade de chorar. Eu não podia ver o que Pê via. Mas ela estava De cara para ele, o olho que nada vê. Quantos haviam visto, à luz do dia, aquela cena? Nem minha ginecologista. Quis chorar, gritar, peidar na cara dela, como se pudesse envenená-la. Fiquei pensando nela acordando à noite com um pesadelo. O marido perguntaria:

- Tudo bem, Pê?

- Sim... sonhei de novo com o cú de uma cliente.

Mas de repente fui novamente trazida para a realidade. Senti o aconchego falso da cera quente besuntando meu Twin Peaks. Não sabia se ficava com mais medo da puxada ou com vergonha da situação. Sei que ela deve ver mil cús por dia. Aliás, isso até alivia minha situação. Por que ela lembraria justamente do meu entre tantos? E aí me veio o pensamento: peraí, mas tem cabelo lá? Fui impedida de desfiar o questionamento. Pê puxou a cera.

Achei que a bunda tivesse ido toda embora. Num puxão só, Pê arrancou qualquer coisa que tivesse ali. Com certeza não havia nem uma preguinha pra contar a história mais. Mordia o travesseiro e grunhia ao mesmo tempo.
Sons guturais, xingamentos, preces, tudo junto.

- Vira agora do outro lado.

Porra.. por que não arrancou tudo de uma vez? Virei e segurei novamente a bandinha. E então, piora. A broaca da salinha do lado novamente abre a cortina.

- Penélope, empresta um chumaço de algodão?

Apenas uma lágrima solitária escorreu de meus olhos. Era dor demais, vergonha demais. Aquilo não fazia sentido. Estava me depilando pra quem?
Ninguém ia ver o tobinha tão de perto daquele jeito. Só mesmo Penélope. E agora a vizinha inconveniente.

- Terminamos. Pode virar que vou passar maquininha.

- Máquina de quê?!

- Pra deixar ela com o pêlo baixinho, que nem campo de futebol.

- Dói?

- Dói nada.

- Tá, passa essa merda...

- Baixa a calcinha, por favor.

Foram dois segundos de choque extremo. Baixe a calcinha, como alguém fala isso sem antes pegar no peitinho? Mas o choque foi substituído por uma total redenção. Ela viu tudo, da perereca ao cu. O que seria baixar a calcinha? E essa parte não doeu mesmo, foi até bem agradável.

- Prontinha. Posso passar um talco?

- Pode, vai lá, deixa a bicha grisalha.

- Tá linda! Pode namorar muito agora.

Namorar...namorar. .. eu estava com sede de vingança. Admito que o resultado é bonito, lisinho, sedoso. Mas doía e incomodava demais.

Queria matar minhas amigas. Queria virar feminista, morrer peluda, protestar contra isso.

Queria fazer passeatas, criar uma lei antidepilação cavada.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

ROTARY REBOUÇAS NO OUTUBRO ROSA

Em outubro de 2013, os RCC Rebouças esteve presente em vários eventos com o objetivo de divulgar e apoiar a campanha Outubro Rosa. No dia 09 de outubro na Unidade de Saúde Vila São Paulo, Uberaba, Curitiba/PR. 

A companheira Presidente Gisele Mendes Dias, RCC Rebouças, participou de uma conversa com as mulheres presentes do Bairro, esclarecendo sobre o Câncer de Mama: autoexame, prevenção, diagnóstico, cuidados, e até um momento de prática através de "seios cobaia".

Houve também, através da U.S. Vila São Paulo, oferta de diversos exames para as mulheres que compareceram. RCC Cruzeiro do Sul serviu lanche e aproveitamos para divulgar sobre a saúde da Mulher, juntamente com os servidores da Unidade de Saúde Vila São Paulo.

"Obrigado aos companheiros do RCC Cruzeiro do Sul e filhos, e aos intercambistas Stan e May", diz a presidente do RCC Rebouças, Gisele Mendes Dias

Dia 03 de outubro também em conjunto com o Cruzeiro do Sul estivemos na Paróquia Menino Deus, Hauer com uma palestra nos mesmos moldes, tivemos a participação da companheira Kelly e a intercambista Charlotte . 

e por fim, a palestra administrada em conjunto com RCC Fraterna com a Presidente Luciana Olicshevis, que serviu um café da manhã maravilhoso, foi no fim de semana do dia 19/10 na Unidade de Saúde Alvorada - Uberaba.

terça-feira, 15 de outubro de 2013

CLEITON CAMARGO OBSTRUIU A LIBERDADE DE IMPRENSA

Do jornal FOLHA DE SÃO PAULO, em 26/08/2013 - 20h14min.

Justiça proíbe jornal de noticiar apuração sobre juiz no Paraná

A Justiça do Paraná proibiu o jornal "Gazeta do Povo", o maior em circulação no Estado, de publicar reportagens sobre investigações abertas contra o presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, Clayton Camargo.
Des. Clayton Camargo

O pedido foi feito no fim de julho pelo próprio magistrado, que assumiu a presidência do TJ em fevereiro. Camargo é alvo de investigações sigilosas no CNJ (Conselho Nacional de Justiça), sob suspeita de tráfico de influência e venda de sentenças, que foram noticiadas pelo jornal.

O desembargador teve o pedido negado em primeira instância, mas conseguiu reverter a decisão com um recurso ao próprio TJ.

A decisão é da semana passada e determina que o jornal "se abstenha de publicar matérias jornalísticas que atinjam a honra, a boa fama e a respeitabilidade do autor".

A medida também ordena que o veículo exclua de seu site todos os textos publicados sobre o caso, sob pena de multa diária de R$ 10 mil.

No processo, Camargo afirmou que foi alvo de uma "campanha detratora" que atingiu sua honra, e que as notícias "vieram impregnadas pelo ranço odioso da mais torpe mentira".

Na época da veiculação das denúncias na "Gazeta do Povo", Camargo, procurado pelo jornal, disse que não falava com jornalistas. "Vá fazer perguntas para tua mãe. Eu não tenho que dar satisfação alguma. Eu não falo com jornal, principalmente com esse teu jornal", disse.

Segundo a defesa do desembargador, a liberdade de expressão prevista na Constituição "não é absoluta e não pode ocluir [obstruir] os direitos da personalidade".

O juiz substituto Benjamin Acácio de Moura e Costa acatou a argumentação da defesa e afirmou que o presidente do TJ foi alvo de "artilharia pesada". Com a decisão, ele cassou uma liminar anterior, que entendeu que, por ocupar cargo público, o presidente está sujeito à atuação mais incisiva da mídia.

Para organizações de imprensa, a decisão representa censura. "Mais do que atingir o jornal, é uma afronta ao direito dos cidadãos de serem livremente informados", disse Ricardo Pedreira, diretor-executivo da ANJ (Associação Nacional de Jornais).

Em nota, a Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo) também classificou o caso como um "novo episódio de censura judicial".

"A censura foi banida no Brasil pela Constituição de 1988. É especialmente preocupante que seja o Judiciário a fazer uso desse expediente e privar a sociedade do direito à informação", diz o texto.

O corregedor nacional de Justiça, Francisco Falcão (que conduz as investigações contra Camargo), condenou a decisão. "É lamentável que se busque o Judiciário para tentar calar a voz independente da imprensa", disse. O CNJ vai monitorar o processo.

A "Gazeta do Povo" informou que não iria se manifestar, já que a ação corre em segredo de Justiça. No decorrer do processo, porém, o veículo disse que a decisão é de "censura prévia", pois que os fatos noticiados são de interesse público.

Procurado, Camargo não se manifestou sobre o tema até a publicação desta matéria.

INVESTIGAÇÃO DO CNJ

O plenário do Conselho Nacional de Justiça decidiu, nesta terça-feira (8/10), afastar do cargo o ex-presidente do Tribunal de Justiça do Paraná, desembargador Clayton Camargo. Os conselheiros também aprovaram, de forma unânime, a abertura de Processo Administrativo Disciplinar contra Camargo, para investigar a denúncia de que ele teria renda incompatível com sua função. O desembargador está afastado do cargo até que o plenário mude sua decisão ou até que o mérito do PAD seja analisado.

Relator do caso, o ministro Francisco Falcão, corregedor nacional de Justiça, afirmou que os indícios constam do Inquérito 792/DF do Ministério Público Federal, de relatório de inteligência financeira do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e de uma análise da Receita Federal. A Receita tomou como base as declarações de Imposto de Renda do ex-presidente do TJ-PR entre 2006 e 2009. Segundo Falcão, os indícios apontam para negócios jurídicos simulados com o objetivo de fraudar o Fisco e para lavagem de dinheiro, condutas distintas do que é esperado de um magistrado, concluiu ele.

O MPF aponta que as transações suspeitas ocorreram entre 2005 e 2011, incluindo a compra de um imóvel em bairro nobre de Curitiba por valor abaixo do mercado em 2005. O apartamento, que valeria R$ 1,6 milhão, foi pago com R$ 600 mil em espécie, segundo o documento do Ministério Público. Em 2006, afirma o MPF, ele vendeu um imóvel por R$ 300 mil e, cinco anos depois, recomprou o mesmo bem, pelo mesmo valor, de um escritório de advocacia.

Também em 2006, o ex-presidente do TJ-PR vendeu por R$ 150 mil um carro que comprou por R$ 102 mil, de acordo com a investigação. Em 2008, informa o MPF, ele recebeu em espécie, sem declarar à Receita Federal, R$ 100 mil de “luvas” por parte de um inquilino. Tramitam no CNJ outros três processos contra Clayton Camargo, por denúncias de tráfico de influência e venda de sentenças. Para Francisco Falcão, ainda que não tenha sido provada fraude ou conduta criminosa, a injustificada evolução patrimonial do magistrado justifica que as investigações sejam aprofundadas.

Aposentadoria

O pedido de aposentadoria voluntária do desembargador Clayton Camargo permanece suspenso. O requerimento foi apresentado em 20 de setembro, oito dias depois do CNJ intimar o então presidente do TJ-PR a apresentar defesa prévia diante da Reclamação Disciplinar 0004547-59.2013.2.00.0000. A suspensão do pedido foi mantida pelo ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Toffoli argumentou que a decisão de Falcão tem justificativa, pois as acusações a respeito do desembargador são graves. Permitir o afastamento, escreveu Toffoli, traria o “iminente risco de perecimento do direito”, já que a aposentadoria poderia atrapalhar o “normal seguimento das investigações”.

O ministro afirmou ainda que a suspensão da aposentadoria se deu durante um processo do qual o desembargador já tinha conhecimento e já havia apresentado defesa prévia - e cuja abertura ou não ainda depende de decisão do Pleno do CNJ. “Em arremate, convém que se diga que os fatos narrados nesta impetração são extremamente graves e que o impetrante, ao invés de desejar recolher-se à inatividade remunerada, deveria ser o principal interessado em vê-los cumpridamente elucidados, quando menos em respeito à dignidade do elevado cargo de presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná, que um dia exerceu”, concluiu Toffoli. Com informações da Assessoria de Imprensa do CNJ.

MISS CURITIBA MELHOR IDADE É DO RCC REBOUÇAS

Final do concurso Miss Melhor Idade arrecada alimentos para o Provopar

Com a presença do governador Beto Richa, da secretária Fernanda Richa (Família e Desenvolvimento Social) e da diretora social do Provopar Estadual, Silvana Maia Aichinger, foi realizada, na noite desta terça-feira (01), no Crystal Palace Hall, a final do concurso Miss Curitiba da Melhor Idade. Cerca de 600 pessoas prestigiaram o evento e puderam contribuir com a doação de 400 quilos de alimentos para o Provopar Estadual. 
Alice Papini Gomes, vencedora do concurso na faixa de 70 anos

O concurso, que completou dez anos, classificou 13 candidatas, entre as 95 mais belas idosas que disputaram o título. O evento foi conduzido pelo produtor Alysom Brasil e animado pelo cantor Moacir Franco. A classificação do concurso foi para candidatas de 60, 70 e 80 anos. As vencedoras dividiram um prêmio R$ 15 mil.

Escolhida pelas candidatas a Miss Curitiba como madrinha do evento, a secretária Fernanda Richa disse que a iniciativa demonstra o respeito dos cidadãos às pessoas da melhor idade. “Este concurso mostra a energia, a alegria e a vontade de viver”, afirmou.

O governador Beto Richa afirmou que, na vida pública, “mostramos respeito às pessoas mais idosas não só prestigiando eventos, mas com políticas que garantam uma melhor qualidade de vida aos cidadãos”. Segundo ele, o governo estadual promove ações de apoio, com atendimento na área de saúde, estímulo à vida saudável, como atividades física, lúdicas, esportivas e culturais. “É o respeito pelo que as pessoas já fizeram pela sociedade e por tudo o que ainda contribuem”, acrescentou.

Participaram como jurados do concurso Miss Curitiba o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto; o diretor presidente da Cohapar, Mounir Chaowiche; a diretora social do Provopar, Silvana Aichinger, a deputada estadual Mara Lima; a diretora de jornalismo da eParaná, Ângela Luvisitto; o empresário Marco Felipak; e Roberta Storeli, da comunicação da eParaná.

O Rotary Club de Curitiba Rebouças sente-se em júbilo, com a vitória de sua companheira, na categoria 70 anos. Parabéns à Alice e ao seu esposo, também companheiro do clube, Moacir Gomes, ambos muito queridos no ambiente rotário.

VENCEDORAS DO CONCURSO

CATEGORIA DE 60 A 69 ANOS

1º Lugar – Marilene Terezinha Krocheski

2º Lugar – Sonia Terezinha

3º Lugar – Marilze Perdigão

CATEGORIA DE 70 A 79 ANOS

1º Lugar – Alice Papini

2º Lugar – Maria Aparecida Ferreira

3º Lugar – Vivaldina de Matos

CATEGORIA ACIMA DE 80 ANOS

1º Lugar – Aracy Maciosek

2º Lugar – Joana Maciel Farias

3º Lugar – Maria Lídia Miranda

DEMAIS CATEGORIAS

1ª Princesa – Luiza Dirce Lourenço

2ª Princesa – Ana Maria de Lima

3ª Princesa – Laurita Oliveira

A Mais Bela Idosa 2013 – Ivone Cozati Moraes

Miss Simpatia 2013 – Claudete Ferreira Hagemeyen

terça-feira, 8 de outubro de 2013

MEDIAÇÃO PODERÁ SER OBRIGATÓRIA

Marco da Mediação poderá desafogar Judiciário

Os processos judiciais poderão ser obrigados a utilizar técnicas de mediação. A medida integra a proposta de marco regulatório de medição e foi apresentada nesta terça-feira (1º/10) pela manhã na presidência do Senado Federal pela comissão de especialistas criada pelo Ministério da Justiça e coordenada pela Secretaria de Reforma do Judiciário.

"A ideia é tentar solucionar os conflitos antes que eles virem um processo no Judiciário, tornando a realização da justiça mais rápida e satisfatória, além de evitar que se aumente o número já elevado de processos no país", afirma o Secretário de Reforma do Judiciário, Flávio Caetano.

Nos processos que já estão no Judiciário, o novo marco legal prevê a possibilidade de o juiz convocar uma sessão de mediação para tentar agilizar a solução do caso. Mas, como já existe um processo, esse procedimento não é obrigatório, cabendo ao juiz definir. "Há situações em que um processo que dura cinco anos, por exemplo, pode ser resolvido por mediação", diz Caetano.

Ele lembra que hoje são 90 milhões de processos, com duração média de 10 anos para serem concluídos. "Precisamos mudar a cultura do litígio no Brasil. Somos ensinados e estimulados a processar, mas não a chegar a um acordo. A nova lei de mediação é fundamental para dar maior segurança jurídica e para estimular a cultura do consenso. Com a mediação, um processo pode ser resolvido em três meses."

Pelo texto proposto, a mediação pode tratar de todo o conflito ou apenas de parte dele e se divide em três tipos: 1. Extrajudicial, quando o conflito não se transforma em processo na Justiça; 2. Judicial, quando há um processo no Judiciário, portanto, exige a presença de um juiz; e, 3. Pública, quando os conflitos envolverem qualquer dos órgãos do Poder Público ou em casos em que há agressão aos direitos difusos (questões ambientais e de consumidor, por exemplo) ou coletivos (causas trabalhistas, sindicais, indígenas).

Na mediação extrajudicial, seguindo a determinação Constituição de que a presença do advogado é indispensável à Justiça, será obrigatório que as partes sejam assistidas por advogados, a menos que abram mão desse direito.

A proposta elaborada pela comissão prevê, preferencialmente, que seja tentada a mediação antes da judicialização sempre que houver conflito envolvendo o Poder Público —hoje, 51% dos processos têm o Poder Público como parte, seja federal, estadual ou municipal. E, para acelerar a solução dos conflitos, o novo marco legal também estimula os órgãos púbicos a criarem Centros de Mediação.

Pelo texto legal apresentado pela comissão, qualquer pessoa pode atuar como mediador, desde que devidamente capacitada em cursos especializados para uso adequado de técnicas de construção de consensos. A capacitação deve ser feita em instituições reconhecidas pela ENAM (Escola Nacional de Mediação e Conciliação) do Ministério da Justiça ou pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça). Além disso, é preciso ser graduado há pelo menos dois anos em curso superior e fazer cadastro junto ao tribunal no qual pretende atuar.

Saiba mais:

O que é mediação

A mediação é técnica utilizada na resolução de conflitos em soluções construídas pelas próprias partes envolvidas, com o auxílio de um terceiro imparcial, que pode ser indicado ou escolhido pelas partes. O objetivo é prevenir ou diluir o conflito por meio da busca do consenso.

Sobre a ENAM

A Escola Nacional de Mediação e Conciliação (ENAM) foi criada em dezembro de 2012 com o objetivo de unir os esforços dos diversos atores do sistema de justiça para o desenvolvimento de uma política de democratização do acesso à Justiça baseada na solução consensual, pacífica e autocompositiva de conflitos. A escola realiza cursos presenciais e à distância que capacitam os alunos —juízes, promotores de justiça, defensores públicos, advogados públicos privados, servidores públicos, professores etc.— em técnicas de negociação e mediação, além de transmitir conhecimento teórico sobre a moderna teoria do conflito e dos jogos.

Dados da ENAM:

• 100 cursos já realizados ou em realização
• 2 mil servidores do Judiciário capacitados em mediação e conciliação
• 3 mil magistrados qualificados em administração e resolução de conflitos com uso de técnicas de mediação
• 50 promotores de Minas Gerais capacitados após parceria com Ministério Público mineiro
• 2 mil inscritos no 1º Curso Básico à Distância de Mediação (2013)
• vagas serão abertas no curso de Políticas Públicas de Mediação e Conciliação para Magistrados, prestes a ser lançado.

Por Camilo Toscano, Laura Muradi e Allan de Carvalho