quarta-feira, 30 de novembro de 2011

COMO ROUBAM NA SUA CONTA

FIQUE DE OLHO NA SUA CONTA, EM QUALQUER LUGAR.
Reproduzo esta mensagem recebida, porque é interessante saber como as contas são adulteradas e as pessoas distraídas acabam pagando muito mais do que devem.
Prestem atenção na conta abaixo.

Viu alguma coisa estranha?



Pois é... e isto aconteceu , em uma casa conhecida "CHURRASCARIA PORCÃO " (imagino que no Rio de Janeiro ou em São Paulo, mas o exemplo vale para qualquer restaurante), veja o detalhe da comanda...agora...imagina o que acontece...em outros restaurantes mais...furrecas ! 

Temos que abrir o olho e conferir a conta, ou seja, somá-la...

Quando vamos a um restaurante, na hora de conferir a conta, geralmente só contamos se bebemos X refrigerantes, X pratos, etc...
Mas... VOCÊ SOMA OS VALORES PRA SABER SE A CONTA ESTÁ CERTA?
Então, um desafio: pegue a sua calculadora e some ESTA conta anexa. ... E COMPARE O RESULTADO!

2,90 
5,80
33,60 
4,50 
18,80 
18,80 
23,00 
3,90
-------- 
111,30 

Descobrimos como conseguem adulterar uma calculadora para tirar vantagem, é só colocar na memória um valor que será transmitido a conta final, isto é, se na memória positiva for colocado 50,00, este valor fica no final da conta e não aparece no demonstrativo.O que achou? Se descoberto o erro, eles simplesmente colocam a culpa na maquineta e prontoficam liberados e ilesos para aprontar em uma nova conta . E o pior é que essa pratica esta se alastrando pelos estabelecimentos. 

AS VEZES ACHAMOS FEIO FICAR OLHANDO A CONTA.... COMO SE FOSSE ISSO UM SINAL DE POBREZA... MISÉRIA... FALTA DE ADUCAÇÃO!!! VAI ACHANDO ... É ISSO QUE ELES FAZEM.... ´COLOCAM ATÉ O GARÇON BEM PERTO DE VOCÊ... ATÉ PARA VOCÊ SE SENTIR SEM GRAÇA E NÃO OLHAR MUITO!! PAGAR LOGO!!!

FIQUE ESPERTO! Este é mais um recurso para nos ROUBAR! 
Passe adiante e CONFIRA MAIS SUAS CONTAS A PARTIR DE HOJE!

A GÊNESE DA CORRUPÇÃO

Para entender o princípio da corrupção e o que o cidadão tem a ver com ela.

POSSE NO CONSEG DO ÁGUA VERDE

Nova diretoria do Conseg, que foi empossada
O Conselho Comunitário de Segurança do bairro Água Verde se reuniu no último dia 21 em um condomínio na rua Rio Grande do Sul, há 100 metros do Shopping Água Verde. Os participantes discutiram os problemas de segurança do bairro e apontaram como fato preocupante o pequeno número de viaturas e policiais no bairro.

Nos próximos dias diretores do Conselho vão se reunir com autoridades civis e militares para pedir mais policiais e viaturas para o bairro. Segundo o presidente André Átila Bonilauri, “não é possível que o bairro Água Verde, com mais de 70 mil moradores, tenha um número tão reduzido de policiais e viaturas. A população quer o aumento no número de policiais civis e militares no bairro, além de mais viaturas, para melhorar a segurança”.

Presentes à cerimônia de posse
Na oportunidade houve a transferência de cargos da diretoria. O ex-presidente José Gil desejou sucesso no trabalho dos novos diretores do Conseg Água Verde e prometeu apoiar os trabalhos e ações a serem organizadas em breve. O presidente eleito, André Átila Bonilauri, anunciou a realização em breve do “Dia da Comunidade”, com ações na área de saúde e segurança pública, além da publicação de um manual de segurança para os moradores, e pesquisa de opinião sobre segurança junto à comunidade do bairro.

O Rotary Club de Curitiba Rebouças esteve prestigiando o evento, com o seu presidente, Orandi Almeida, o vice-presidente, Carlos Alberto Vidal e o administrador de Clube, Paulo Rosa.

PSDB DÁ AULA DE CORRUPÇÃO

Além do prefeito Gilberto Kassab (PSD) e do ex-presidenciável José Serra (PSDB), escândalo da Controlar também envolve o senador tucano Aloysio Nunes

Próceres do PSDB, com envolvimento em corrupção
A informação mais revelante da Folha de S. Paulo deste domingo, um catatau que circula com centenas de páginas nos fins de semana, está escondida em três pequenas notas, sem chamada na primeira página. Publicadas na coluna Painel, de Renata Lo Prete, elas tratam do escândalo Controlar, empresa de inspeção veicular que provocou o bloqueio dos bens do prefeito Gilberto Kassab, e suas conexões com o Palácio dos Bandeirantes. Foi noticiado pelo portal 247 que um dos homens fortes de José Serra, João Faustino, está preso desde a última quinta-feira em Natal, no Rio Grande do Norte, em razão da Operação Sinal Fechado.

Às notas de Renata Lo Prete:

Surpresa!

Quem acompanhou de perto o processo que levou a Prefeitura de São Paulo a validar o resultado de licitação para inspeção veicular realizada na gestão de Paulo Maluf (PP) atesta: a pressão sobre Gilberto Kassab (PSD) não vinha da Controlar, vencedora do questionado certame, e sim da CCR - que veio a adquirir o controle da Controlar pouco depois da assinatura do contrato com o município.

Conexões 1

Carlos Suarez, ex-sócio da construtora OAS acusado de improbidade administrativa pelo Ministério Público paulista no caso Controlar, tem ligação antiga e estreita com João Faustino (PSDB-RN), suplente do senador José Agripino (DEM-RN) preso na quinta-feira em operação que apura fraudes na inspeção veicular (entre outros serviços sob o guarda-chuva Detran) no Rio Grande do Norte.

Conexões 2

Tucanos graúdos se mobilizam intensamente nos bastidores para avaliar a situação e projetar os danos da prisão de Faustino, que foi o número dois do hoje senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) na Casa Civil durante o governo de José Serra.

Renata Lo Prete é uma das melhores jornalistas do Brasil. Daquelas que sabem das coisas. Foram dela, por exemplo, as entrevistas com Roberto Jefferson, que desencadearam o escândalo do Mensalão. Neste caso Controlar, ela vem publicando informações a contagotas. Por "tucanos graúdos", leia-se José Serra e Aloysio Nunes. Isso porque João Faustino foi uma peça estratégica no governo Serra. Tão importante quanto outro assessor de Aloysio, conhecido no mercado como Paulo Preto.

Paulo Preto, engenheiro da Dersa e responsável pelas obras bilionárias do Rodoanel, foi o arrecadador, junto às empreiteiras, de recursos para a campanha presidencial de 2010. João Faustino, por sua vez, coordenava a campanha fora de São Paulo, inclusive no tocante à arrecadação.

A Operação Sinal Fechado e a ação do Ministério Público que bloqueou os bens de Kassab têm conexão direta - ocorreram simultaneamente. O elo entre as duas é a empresa Controlar, criada por Carlos Suarez, ex-dono da OAS.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

ROTARY REBOUÇAS COMEMORA O NATAL

O Rotary Club de Curitiba Rebouças realizou, no último dia 26 de novembro, a sua festiva de natal, reunindo os associados, seus familiares e alguns membros do Rotaract Club de Curitiba Rebouças.

Diferentemente de anos anteriores, quando o clube se deslocava para algum restaurante, neste ano a organização privilegiou o companheirismo, e os membros do clube levaram a comida, bebida e sobremesa que mais lhe agradavam, sob a coordenação da companheira Gisele Dias.

A decoração primorosa foi um dos pontos altos da festa, assim como a organização e o comando das brincadeiras, tudo isso a cargo da companheira Alice Papini Gomes. 

Todos os companheiros, de alguma forma, contribuíram para o sucesso da festa, que foi muito elogiada por todos os que compareceram.

Há que se destacar a tradicional troca de presentes, onde se escolhe um presente às cegas, em uma mesa previamente preparada e pode-se trocar compulsoriamente por outro que já tenha sido escolhido. A diversão é garantida.

Para as crianças, a parte mais marcante da festa foi a chegada do papai noel, interpretado pelo companheiro Moacir Gomes, o que emocionou crianças e adultos presentes.

A todos os companheiros do Rebouças, os parabéns pela festa emocionante, com a certeza de que o companheirismo que nos é peculiar será cada vez maior entre as nossas famílias.




JUIZADOS ESPECIAIS INICIAM MUDANÇA PARA A NOVA SEDE

Prédio onde funcionarão os
Juizados Especiais em Curitiba

Nesta segunda-feira, 28 de novembro, terá início a mudança dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais de Curitiba para a nova sede, localizada na Avenida Presidente Getúlio Vargas, nº 2826, no Bairro Água Verde. O término da mudança está previsto para o dia 9 de dezembro. No novo endereço, o atendimento ao público será a partir do dia 12 de dezembro.

Com a mudança, todas as Varas de Juizados Especiais de Curitiba serão agrupadas em um único prédio, o que facilitará o acesso da população e evitará equívocos quanto ao endereço.

A mudança é demorada porque implica no transporte de equipamentos, móveis, documentos e objetos que fazem parte da rotina de funcionamento das 13 Varas, das quais juízes e servidores estão se empenhando ao máximo para otimizar o atendimento ao público.

De qualquer forma, a população continua sendo atendida. Qualquer cidadão que precisar dos Juizados Especiais deverá procurar um dos endereços abaixo, onde sempre haverá algum servidor e um juiz para análise do problema.

Juizados Especiais Cíveis - o atendimento será mantido na sede da Rua Inácio Lustosa, nº 700, com suspensão dos prazos e regime de plantão judiciário em todo o período.
Juizados Especiais Criminais -atendimentona sede da Rua Fernando Amaro, 60.
Juizado Especial da Fazenda Pública-atendimento na Rua Lysímaco Ferreira da Costa, 355.
A região da nova sede dos Juizados Especiais é amplamente atendida por várias linhas de ônibus, o que torna o local bem acessível. Circulam na região ônibus das seguintes linhas: Santa Cândida/Capão Raso, Pinheirinho, Portão, Formosa, São Jorge, Vila Velha, Cotolengo, Nossa Senhora da Luz, Sítio Cercado, Fazendinha/Tamandaré, Santa Quitéria, Santa Cândida/Pinheirinho, Fazendinha, Vila Izabel, Caiuá, Carmela Dutra, Vila Rosinha e Curitiba/Araucária.
Eventuais dúvidas também poderão ser esclarecidas por meio dos seguintes telefones: Juizados Especiais Cíveis – 3234-3600, Juizados Especiais Criminais – 3363-2914, Juizado Especial da Fazenda Pública – 3352-4095 e Tribunal de Justiça – 3200-2775

QUESTÃO DE IDADE

domingo, 27 de novembro de 2011

POEMA EM LINHA RETA

Enviado pelo amigo Sady Alexandre Córsico, que tem razão. Um pouco de poesia é sempre bom.
Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cómico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe – todos eles príncipes – na vida…
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma covardia!
Não, são todos o Ideal, se os ouço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
(…)
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos – mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.
Retirado do livro Poemas de Ávaro de Campos, edição de Cleonice Berardinelli (Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999, pp.234-5).

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

ECOS DA DITADURA

Reproduzo, neste espaço, um excelente artigo sobre a Comissão da Verdade, que expõe à luz uma parte da história recente do nosso país que muitos talvez gostariam de esquecer.  Mas a paz e a democracia não pode conviver com sombras, e a sua solidez depende do conhecimento dos fatos, para que não se repitam. Não se trata de vingança, e nem pode ser, mas de justiça, que deve ser feita a qualquer tempo.

Um quarto de século após o fim da ditadura, em 1985, o Brasil ganha afinal a sua Comissão da Verdade. Na histórica manhã desta sexta-feira, 18 de novembro de 2001, Dilma Rousseff, a ex-guerrilheira que sobreviveu a três semanas de tortura no período mais duro do regime militar, sancionou no Palácio do Planalto a lei que cria a comissão encarregada de investigar violações aos direitos humanos cometidos pelo regime dos generais. A primeira mulher presidente do Brasil fez o que seus cinco antecessores homens do período democrático não tiveram força ou coragem para fazer: dotar o país do mecanismo legal capaz de resgatar a verdade e a memória soterradas pela treva do arbítrio.
Ausências e presenças na solenidade do palácio mostraram o que a presidente da República teve que enfrentar até assinar as duas leis que quebram o sigilo de documentos oficiais e que instauram a comissão.
Uma figura carimbada em todas as cerimônias palacianas brilhou pela ausência: o presidente do Congresso Nacional, senador José Sarney (PMDB-MA), não estava lá, amargando a derrota de sua manobra para preservar um absurdo sigilo eterno sobre os papéis públicos. Uma derrota compartilhada com seu aliado de segredos inconfessáveis, o senador Fernando Collor (PTB-AL), outro ilustre derrotado do dia.
Quatro figuras estreladas, em contrapartida, estavam lá, discretamente alinhadas na segunda fila de autoridades: os comandantes militares do Exército, Marinha, Aeronáutica e Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Aplaudiram pouco, sem entusiasmo, mas pelo menos estavam presentes, privilégio que não teve o antecessor de Dilma. Quando o Planalto lançou, em agosto de 2007, o livro Direito à Memória e à Verdade, um corajoso trabalho de 11 anos da Secretaria de Direitos Humanos, iniciado ainda no Governo FHC, nenhum chefe militar compareceu à cerimônia presidida pelo comandante-em-chefe das Forças Armadas, o presidente Lula. Era a acintosa censura da caserna ao documento oficial que reconhecia pela primeira vez a violência do regime militar, listando os nomes de 339 mortos e desaparecidos pela repressão política.

A voz da comandante

Os comandantes que se ausentaram do Planalto em 2007 - o general Enzo Peri, o brigadeiro Juniti Saito e o almirante Júlio Soares de Moura Neto - eram os mesmos chefes militares que estavam presentes em palácio nesta sexta-feira. A única diferença, de lá para cá, foi a troca de guarda na presidência da República: saiu Lula, entrou Dilma, e os ministros que ainda sobrevivem no governo sabem fazer a distinção.
Um ano atrás, no ocaso do governo anterior, o mesmo trio bombardeava a ideia da Comissão da Verdade e ousava confrontar o projeto do presidente Lula, num documento enviado ao ex-ministro da Defesa Nelson Jobim, argumentando: “Passaram-se quase 30 anos do chamado governo militar…“.
Agora, os chefes militares tiveram que ouvir, disciplinados, o eloquente e emocionado discurso da presidente Dilma, que ensinou: “São momentos difíceis, acontecimentos que foram contados sob um regime de censura, arbítrio e repressão, quando a própria liberdade de pensamento era proibida. É fundamental que a população, sobretudo os jovens e as gerações futuras, conheçam o nosso passado, principalmente o passado recente, quando muitas pessoas foram presas, foram torturadas e foram mortas. A verdade sobre nosso passado é fundamental para que aqueles fatos que mancharam nossa história nunca voltem a acontecer”.
O general Peri, o brigadeiro Saito e o almirante Moura Netoagora com certeza sabem o que seria um ‘chamado governo militar’, pela voz autorizada da comandante-suprema das Forças Armadas, que resume tudo aquilo pela palavra simples e consagrada que define este tipo de regime: ditadura. Até ouvir essa lição de moral, os militares e a plateia no Planalto tiveram que esperar quase uma hora além do previsto. A razão do atraso foi explicada pelo jornalista Lauro Jardim, o editor bem informado da coluna ‘Radar’, da revista Veja: o pau quebrou no gabinete de Dilma, quando o cerimonial avisou que um dos discursos estava reservado ao familiar de um preso torturado. Os ministros José Eduardo Cardoso (Justiça) e Maria do Rosário (Direitos Humanos) defendiam, o ministro Celso Amorim (Defesa) rejeitava com firmeza a proposta. Após um tenso debate, ficou garantida a palavra a Cardoso e, em troca do familiar, falou o presidente da Comissão Especial de Mortos e Desaparecidos Políticos, Marco Antônio Rodrigues Barbosa.
A emenda ficou pior do que o soneto. Sem se intimidar com a cara fechada dos militares, Barbosa atacou no seu discurso a Lei da Anistia e sua “esdrúxula figura do crime conexo de sangue”, a esperteza jurídica que nivelou torturadores aos torturados, consagrando a impunidade. O ato solene do Planalto ecoou imediatamente em Nova York, onde a criação da Comissão da Verdade foi saudada como “um grande passo” pela Alta Comissária dos Direitos Humanos da ONU, a sul-africana Navi Pillay, que emendou: “A norma deveria incluir a promulgação de uma nova legislação para revogar a Lei da Anistia de 1979 ou para declará-la inaplicável, facilitando o julgamento dos supostos responsáveis por violações dos direitos humanos. Ao impedir a investigação, ela leva à impunidade, em desrespeito à legislação internacional”.

Até Uganda

Pillay sabe do que fala: ela foi a primeira mulher não branca nomeada para a Suprema Corte da África do Sul, antes de ser indicada para a Corte Criminal Internacional, o tribunal com sede em Haia dedicado a crimes contra a humanidade e integrado por 117 países - entre eles o Brasil. Mês que vem, dezembro, esgota-se o prazo para o Brasil se defender da condenação sofrida um ano atrás na Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA (Organização dos Estados Americanos) por não ter investigado os crimes de detenção arbitrária, tortura, execução e desaparecimento de 62 militantes do PCdoB, combatidos pelo Exército na guerrilha do Araguaia, entre 1972 e 1975. Lá não serviu o pretexto brasileiro de que os crimes estavam protegidos pela anistia. A OEA e as cortes internacionais os consideram crimes comuns e imprescritíveis, que estão acima da ‘autoanistia’ que os militares se concederam no Governo Figueiredo, o último dos cinco generais que se revezaram no poder entre 1964 e 1985.
A simples assinatura da lei que acaba com o sigilo de documentos e cria a Comissão da Verdade parece ter sido a parte mais fácil para Dilma, apesar da longa, arrastada costura política que colocou o Brasil numa situação vexatória no Cone Sul. Das grandes ditaduras da região, o país é o último a se mover para investigar os crimes do seu passado recente, tarefa já cumprida de forma exemplar na Argentina, Chile e Uruguai. Ali, militares e torturadores estão sendo investigados e julgados e já cumprem longas penas. O general argentino Jorge Rafael Videla, que iniciou a ditadura mais sangrenta do extremo sul do continente em 1976, hoje cumpre duas penas de prisão perpétua em Buenos Aires pelo envolvimento direto em dezenas de mortes e desaparecimentos.Trinta e quatro países no mundo já criaram suas Comissões da Verdade, muito antes do Brasil. “Este é o nosso momento, esta é a nossa hora”, justificou a presidente Dilma Rousseff.
Por falta de empenho, o Brasil perdeu a vez para países que repassaram abusos há muito tempo, com comissões que pertencem agora ao passado: Argentina (comissão encerrada em 1984), Chile (1991), El Salvador (1993), Haiti (1996), África do Sul (2002), Peru e Uruguai (2003), entre outros. A primeira Comissão da Verdade nasceu na Uganda do folclórico ditador Idi Amin Dada no distante 1974, ano em que o Brasil via a troca de guarda entre os generais Garrastazú Médici e Ernesto Geisel, os dois governos mais sangrentos da ditadura que parecia então interminável.
Os trabalhos da missão brasileira só devem começar em maio de 2012, quando Dilma deverá escolher e anunciar os sete membros da comissão, que terão dois anos e 14 funcionários para ajudá-los numa tarefa gigantesca: investigar os abusos aos direitos humanos cometidos em 8,5 milhões de km² ao longo de 42 anos, o espaço de tempo entre as duas últimas Constituições democráticas do país: as de 1946 e 1988. Esta foi uma cínica exigência dos chefes militares, para camuflar o verdadeiro foco da Comissão da Verdade - os 21 anos da ditadura do ‘chamado governo militar’ de 1964 a 1985. Com a concessão, o país faz de conta que investigará também os governos civis dos presidentes Dutra, JK, Jânio, João Goulart e Sarney. O ‘jeitinho’ brasileiro funciona aqui dentro, mas não convence lá fora. A revista britânica The Economist desta semana analisa o atraso brasileiro no trato dos crimes da ditadura de 1964.

Duplo equívoco

Apesar de ter nos últimos 17 anos de presidência três vítimas do regime militar - FHC exilado, Lula preso e Dilma torturada -, o Brasil só verá sua Comissão da Verdade em ação a partir de maio próximo, 27 anos após a saída do general Figueiredo pela porta dos fundos do Palácio do Planalto. A Argentina enfrentou o problema já em 1983, ano da queda deReynaldo Bignone, o último general, condenado em março passado à prisão perpétua por crimes contra a humanidade. A Suprema Corte do Chile decidiu em 2004 que a anistia não cobria os desaparecimentos do regime Pinochet. O Parlamento do Uruguai derrubou em outubro passado a autoanistia - justamente o contrário do Brasil, que viu o Supremo Tribunal Federal confirmar, por 7 votos a 2, a autoanistia concedida pelo general Figueiredo em 1979 e aprovada num Congresso dominado pela legenda da ditadura (221 cadeiras da ARENA contra 186 do MDB), que garantiu a chicana jurídica do “crime conexo” para salvar o pescoço dos torturadores.
O relator do STF, ministro Eros Grau (um ex-preso político torturado no DOI-CODI de São Paulo, o mesmo onde padeceu Dilma), e o relator da Comissão da Verdade no Senado, o senador do PSDB paulista Aloysio Nunes Ferreira (um ex-militante da ALN, organização guerrilheira comandada por seu amigo Carlos Marighella), cometeram o mesmo e indefensável equívoco, alegando que a Lei da Anistia era intocável por ser fruto de “entendimento nacional”. Não foi nada disso.
Apesar da larga maioria governista na Câmara dos Deputados, em 1979, a ditadura penou para aprovar a lei sob encomenda dos quartéis por apenas cinco votos de diferença — 206 a 201. Um especialista em Nova York do International Center for Transitional Justice, Eduardo González, diz que a demora brasileira em relação aos vizinhos aconteceu porque “a transição brasileira para a democracia foi lenta e controlada”. O ativista gaúcho Jair Krischke, fundador do Movimento de Justiça e Direitos Humanos, resume a questão numa frase mais precisa e cortante: “Não houve justiça de transição no Brasil. Aqui, houve justiça de transação”.
The Economist diz que a repressão no Brasil continua até hoje, “embora a violência seja policial e não mais do Exército”. Só no Rio de Janeiro, a cada ano, a polícia mata cerca de mil civis, “a maioria deles pobres e negros”, lembra a revista, denunciando que a “truculência da polícia raramente é punida e é frequentemente aplaudida”, como aconteceu na ocupação da favela da Rocinha e nas sessões lotadas do filme Tropa de Elite.

A solidez da broa

Tirar a comissão do papel, na verdade, será bem mais difícil do que o festivo ato de sua criação. A começar pela complexa escolha de seus sete integrantes, de competência exclusiva da presidente Dilma, “entre brasileiros de reconhecida idoneidade e conduta ética, identificados com a defesa da democracia e institucionalidade constitucional, bem como com o respeito aos direitos humanos”. O grupo terá um perfil de imparcialidade, sem cargos em partidos ou cargos de comissão em qualquer dos três poderes. Isso, na prática, significa que militares e agentes da repressão, bem como familiares de desaparecidos ou ex-presos políticos e torturados não têm espaço na comissão. É o que acha o ex-preso da guerrilha do Araguaia e torturado José Genoíno, hoje assessor especial do Ministério da Defesa, que definiu: “Colocar ex-preso político na comissão não dá certo. Preso de um lado e militar de outro, pela ideia do equilíbrio, criaria um impasse na comissão. Seria um jogo de soma, que vai ser igual a zero”.
Uma obsessão permanente, de um lado e outro, foi o combate ao princípio da revanche. “O Brasil se encontra consigo mesmo, sem revanchismo, mas sem a cumplicidade do silêncio”, pontuou a presidente Dilma no seu discurso. Muito tempo foi gasto para negociar uma única palavra no parágrafo 3º do inciso VIII do Art. 4º: “É dever dos servidores públicos e dos militares colaborar com a Comissão Nacional da Verdade”.
Os militares não queriam estar ali, no que lhes parece ser o banco dos réus, submetidos ao escrutínio tardio de seus abusos. Queriam substituir o mandatório”é dever” pelo condicional “poderão”, com um sentido mais ameno de convite, a ser aceito ou não. Perderam a batalha. Mas ganharam a guerra decisiva do parágrafo seguinte, o 4º, que decreta: “As atividades da Comissão Nacional da Verdade não terão caráter jurisdicional ou persecutório”.
Ou seja, o que for dito ou revelado numa audiência salgada da comissão terá o mesmo destino de uma plácida broa de milho no pacato chá das cinco dos imortais na Academia Brasileira de Letras: virar farelo, pura migalha. Nenhum efeito legal ou jurídico irá decorrer mesmo no caso de uma improvável confissão de culpa em atos de tortura ou crimes de desaparecimento. Para não deixar margem a qualquer risco, o inciso V do artigo anterior, o 3º, estabelece que todas as apurações sejam feitas no âmbito da Lei de Anistia de 1979 - aquela mesma que, segundo a ditadura e o Supremo Tribunal Federal, perdoou para sempre torturadores que nunca foram condenados, sequer julgados. Será um jogo de soma zero, como prefere Genoíno, ou uma inaceitável limitação, como define o senador Pedro Taques (PDT-MT): “Não há justiça enquanto algumas pessoas não forem responsabilizadas”.
Credora do país
A impunidade, estimulada pelos quartéis e abençoada pelo STF, será sacramentada na Comissão da Verdade pelo desfile inócuo de personagens que, desde já, sabem que nada do que for revelado - se revelado - produzirá quaisquer efeitos ou danos jurídicos. A fantasia da imparcialidade oculta a certeza de que os únicos crimes a serem investigados são os do aparelho de terror do Estado, até hoje intocado e intocável no Brasil.
Os militantes que combateram a ditadura com o desespero da luta armada foram confrontados, caçados, presos, torturados, desaparecidos ou mortos. Os que sobreviveram foram processados, condenados, encarcerados e, anos depois, anistiados pela mesma lei que espertamente acabou beneficiando seus algozes. Uma sobrevivente foi uma guerrilheira da Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), ‘Estela’, codinome de uma economista mineira chamada Dilma Rousseff, presa e torturada em 1970 no DOI-CODI de São Paulo. Sobreviveu e foi condenada pela Justiça Militar a seis anos de prisão. Cumpriu três e, com o recurso, acabou punida com dois anos e um mês de cadeia. “Sobraram 11 meses, que eles não me devolveram. Sou credora do país”, brincava Dilma, então chefe da Casa Civil de Lula, numa entrevista que fiz com ela no final de 2005 para a revista Isto É.
Os vitoriosos, que comandavam os prédios públicos e os porões com as ferramentas de suplício do terrorismo de Estado, saíram impunes e ilesos desse confronto desigual. Os perdedores, que sangraram nas celas imundas doaparato repressivo clandestino do regimede tortura e censura que impuseram ao país durante duas décadas, escaparam com suas vidas destroçadas, os corpos machucados e o estigma de ‘terroristas’, ironicamente outorgado pelos terroristas oficiais que os combateram à margem da lei e da civilização. Um lado pagou, até com o sangue e a vida, as suas penas. O outro lado nem passou pelo singelo constrangimento do devido processo legal. Como é típico de um ‘ governo chamado militar’.
A Comissão da Verdade não perderá seu tempo se convocar o depoimento de um pacato veranista das águas mansas da praia das Astúrias, no litoral paulista do Guarujá, onde vive o anônimo Maurício Lopes Lima. É um tenente-coronel reformado do Exército. Nos anos 70, era um dos mais temidos capitães do DOI-CODI da rua Tutóia, o maior centro de torturas do país.
Um dia chegou às suas mãos um sobrevivente da máquina de moer carne do DOPS do notório delegado Sérgio Fleury: o dominicano Tito de Alencar Lima, o frei Tito, ligado à ALN de Marighella e do senador Aloysio Nunes Ferreira. O capitão Lopes Lima deixou o judiado Tito sob o trato nada misericordioso de seis homens de sua equipe e do ímpio pau-de-arara.

O nome do bonzinho

No seu depoimento à Justiça, frei Tito contaria depois: “O capitão Maurício veio me buscar em companhia de dois policiais. ‘Você agora vai conhecer a sucursal do inferno’, ele disse”. Santa verdade. Meses depois, cada vez mais atormentado pelos demônios da tortura, frei Tito foi para o exílio e acabou se enforcando no bosque de um mosteiro nos arredores de Lyon, França, em 1974, um mês antes de completar 30 anos. Em novembro do ano passado, quatro dias após a eleição para presidente da ex-guerrilheira que sobreviveu à sucursal do inferno do capitão, o Ministério Público Federal ingressou com uma ação civil pública na 4ª Vara Cível de São Paulo contra três oficiais do Exército e um da PM, acusados pela morte em 1971 de seis presos políticos e pela tortura em 20 guerrilheiros. Um dos oficiais é o capitão Lopes Lima, uma das guerrilheiras é Dilma Rousseff.
Com o cinismo típico de sua turma, o capitão Lopes Lima deu uma entrevista ao jornal Tribuna de Santos, logo após a eleição de sua ex-presa: “Se eu soubesse naquela época [1970] que ela seria presidente, eu teria pedido – ‘Anota aí meu nome, eu sou bonzinho’”. A Comissão da Verdade devia anotar o nome do hoje tenente-coronel Maurício Lopes Lima e convocar para depor o homem que garante saber muito mais sobre o Brasil daqueles duros tempos: “Tortura era a coisa mais corriqueira que tinha. Toda delegacia tinha seu pau-de-arara. Dizer que não houve tortura é mentira, mas dizer que todo delegado torturava também é mentira. Dependia da índole”, disse ele ao jornal. A índole de Lopes Lima era bem conhecida por Dilma, que o vetou como testemunha de acusação no seu processo da Justiça Militar: “O capitão é torturador e, portanto, não pode ser testemunha”, esbravejou a torturada.
Quando foi presa, aos 22 anos, Dilma foi levada pelo antecessor do DOI-CODI, a OBAN (Operação Bandeirante), para a rua Tutóia, o mesmo destino do jornalista Wladimir Herzog cinco anos depois. Lá, ele aguentou um dia de tortura - e morreu. Dilma suportou 22 dias - e sobreviveu. “Levei muita palmatória, me botaram no pau-de-arara, me deram choque, muito choque. Comecei a ter hemorragia, mas eu aguentei. Não disse nem onde morava. Um dia, tive uma hemorragia muito grande, hemorragia mesmo, como menstruação. Tiveram que me levar para o Hospital Central do Exército. Encontrei uma menina da ALN: ‘Pula um pouco no quarto para a hemorragia não parar e você não ter que voltar’, me aconselhou ela”, segundo o dramático relato que Dilma fez em 2002 ao repórter Luiz Maklouf Carvalho.
A oitiva do torturador da presidente é fundamental porque os documentos sobre ele estão virando farelo, como a broa dos imortais da Academia. No início de julho passado, o jornal Correio Braziliense noticiou o estranho sumiço, nos arquivos do Exército, dos documentos funcionais do tenente-coronel Lopes Lima. O ministro da Defesa Nelson Jobim informou ao Ministério Público, com a candura dos inocentes, que os documentos que poderiam atestar a tortura em Dilma tinham sumido: “Vários dos possíveis documentos referentes aos acontecimentos mencionados, bem como os eventuais termos de destruição, foram destruídos [sic]“. Ou seja, os documentos foram deliberadamente destruídos e os papéis que atestavam esta autorização também sumiram…
No ato solene do Planalto, a presidente Dilma falou da importante conexão entre a criação da Comissão da Verdade e a lei que escancara, sem qualquer restrição, os documentos sobre abusos aos direitos humanos. “Uma não existe sem a outra. Uma é pré-requisito para a outra”, reforçou. Minutos antes, falando ao vivo na tv estatal NBR, a secretária nacional de promoção dos direitos humanos da Presidência da República, Nadine Borges, foi ainda mais otimista: “Não estamos partindo do zero, em termos de documentação. Só no Arquivo Nacional temos mais de 20 milhões de documentos do Projeto Memória Revelada”.

O começo do fim

Nessa bolada de papéis, porém, não estão os documentos esfarelados do Exército sobre o torturador de Dilma. Dele e de muitos mais. Em julho passado, falando ao jornal O Estado de S.Paulo, o sonso Nelson Jobim explicava ao repórter porque não acreditava em polêmica sobre o fim do sigilo sobre papéis sensíveis do período da ditadura: “Não há documentos [sobre o regime militar]. Nós já levantamos e não têm. Os documentos já desapareceram, foram consumidos [sic] à época”, disse o então ministro da Defesa, sem explicar quem consumiu e como desapareceu um acervo sob a guarda de instituições militares que jamais denunciaram este espantoso sumiço. Naquela época, Jobim reclamava estar cercado por idiotas, o que não é difícil de entender.
Com este mau exemplo de cima, é difícil ser otimista quanto à boa vontade dos órgãos militares e antigas repartições do aparato repressivo para fornecer documentos oficiais à curiosidade dos cidadãos brasileiros. A melhor esperança para acesso a papéis fundamentais de nossa história recente é a memória privatizada dos tempos da ditadura. Veteranos das Forças Armadas ou velhos servidores da repressão devem guardar em baús escondidos em suas casas os documentos que, em algum momento, sobreviveram ao sumiço programado de evidências incômodas sobre abusos cometidos nos porões. De repente, um ou outro arquivo costuma aparecer em reportagens esparsas de jornais e revistas, brindados com depoimentos de torturadores arrependidos ou testemunhas inesperadas.
A nova circunstância política criada pela lei pioneira de acesso a documentos e pela nascente Comissão da Verdade pode gerar um clima de confiança que desperte a memória ou injete confiança em personagens imprevistos que podem jogar luz sobre a treva espessa do regime militar. Por si só, a lei e a comissão não têm instrumentos ou indução para forçar a passagem da verdade, enredados num cipoal de restrições legais e condicionantes calculadas que inibem o acesso a novas informações. Como sempre, a pressão da sociedade civil é que irá determinar se a Comissão da Verdade terá, ou não, fôlego para remover o entulho de mentiras da ditadura.
A tardia e enfraquecida Comissão da Verdade talvez não represente o fim da ditadura finada em 1985, mas pode ser o começo do fim da impunidade insepulta há um quarto de século. Um bom início é começar pelo fim, mostrando força para convocar e ouvir o homem que torturou a presidente da República.
Anotem o nome dele: tenente-coronel reformado do Exército Maurício Lopes Lima, o bonzinho.
Se vencer esta primeira batalha de fogo, a Comissão da Verdade mostrará que é, realmente,de verdade.

* Luiz Cláudio Cunha, o autor, é jornalista

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

MEC AGE CONTRA FACULDADES RUINS

MEC abre processo de supervisão contra 70 instituições com desempenho insatisfatório em avaliação

Setenta instituições de ensino superior que tiveram desempenho insatisfatório na última avaliação do Ministério da Educação (MEC) irão passar por um processo de supervisão que inclui congelamento de vagas e perda da autonomia para criar novos cursos. Elas tiraram notas 1 e 2 no Índice Geral de Cursos (IGC) de 2010. O indicador, divulgado na semana passada, mede a qualidade do ensino oferecido por uma instituição em uma escala que vai de 1 a 5.

As medidas foram publicadas hoje (22) no Diário Oficial da União (DOU). No grupo estão sete centros universitários e três universidades que perderam sua autonomia. Com isso, ficam impedidas de abrir novas vagas ou cursos.

A supervisão também atinge 60 faculdades que apresentaram resultado insatisfatório no IGC de 2010 e já tinham apresentado desempenho ruim nos últimos três anos. Elas terão restrições para receber novos alunos a partir de 2012 – o número de estudantes ingressantes não poderá ser superior ao total de vagas ocupadas em 2011. A lista das instituições incluídas no processo de supervisão pode ser consultada no DOU.

As medidas têm validade até a divulgação do próximo IGC, em 2012. Se no período elas conseguirem melhorar o desempenho e apresentar um resultado satisfatório na avaliação – o que significa um IGC acima de 3 – as restrições são suspensas. Caso as determinações não sejam cumpridas, a Secretaria de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC pode abrir processo para descredenciar a instituição.

Três centros universitários que tinham perdido a autonomia pelo mau desempenho no IGC de 2009 melhoraram a nota e tiveram as medidas cautelares revogadas. O despacho que libera essas instituições para abrir novos cursos e ampliar vagas também foi publicado hoje no DOU.

Instituições sob supervisão que estejam com pedidos de recredenciamento ou criação de novos cursos em tramitação na secretaria terão os processos suspensos enquanto durar a medida cautelar.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

ABERTAS INSCRIÇÕES PARA CAMPEONATO DE STAND-UP COMEDY

Já estão abertas as inscrições para o concurso de talentos comediantes para o próximo Risadaria, festival brasileiro dedicado ao humor. O 2º Campeonato Brasileiro de Stand-Up Comedy recebe inscrições até dia 16 de janeiro de 2012. 

O campeonato se divide em cinco etapas. A primeira online, com as inscrições dos interessados, depois passam por uma pré-seleção, classificatórias regionais, votação popular e a final ao vivo, que acontece entre os dias 22 e 25 de março, junto com o evento.

Serão escolhidos seis candidatos em cada região do país. A fase eliminatória acontecerá em bares de cinco cidades que representam suas respectivas regiões: São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Curitiba e Brasília. Um finalista também será escolhido pelos vídeos no site do evento. 

O primeiro colocado do concurso receberá R$3 mil, o segundo R$2 mil e o primeiro, mil reais. Além disso, os humoristas garantem a participação no evento de 2013.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A HISTÓRIA DOS ESCUDOS DO CORINTHIANS

Quem vê o nosso manto sagrado nunca imaginou que o Timão, nos seus primeiros anos de vida, nem escudo tinha. Como time do povo que sempre foi o alvinegro era da várzea e, de setembro de 1910 até 1914, os jogadores não andavam engomados e bem vestidos como os outros. A camisa corinthiana – que era bege com punhos pretos - não tinha escudo, até porque, nesse tempo o futebol era um esporte de elite no Brasil. Mas como sempre, o Corinthians acabou fugindo dos parâmetros e abraçou as classes mais humildes.

O primeiro distintivo não surgiu em uma partida de futebol. Foi durante uma corrida de 10 km, na época denominada de Taça Unione Viaggiatori Italiani, no Parque Antártica, que o primeiro resquício do que seria o escudo corinthiano, apareceu. Hoje, esta competição é conhecida como São Silvestre, uma das mais famosas do país. Quem competiu pelo nosso glorioso Timão foi João Collina (um operário espanhol). Ele trouxe em sua camisa as siglas CP entrelaçadas no canto esquerdo do peito. Foi à primeira competição oficial do Coringão em 1912 e a primeira vez que o CP foi registrado na história.

Foi para entrar na Liga Paulista de Foot-ball que, as presas, o time de futebol do povo teve que criar um distintivo. As letras C e P sobrepostas foram bordadas nas camisas desbotadas dos jogadores, às vésperas da partida. Este mesmo símbolo, só que mais trabalhado, foi revivido na camisa oficial do centenário, no ano passado. Existem registros fotográficos revelando que, em junho de 1914, o Corinthians jogou contra o Germania e ganhou de 3x1. O símbolo utilizado não era o tradicional CP, e sim o P com um C pendurado, como se fosse uma ferradura.

Ainda em 1914 o litógrafo Hermógenes Barbuy, irmão do jogador Amílcar Barbuy, criou o terceiro distintivo para o Corinthians, com a letra S incluída. Em 1916 nosso escudo mudou mais uma vez. Contornado por um circulo, o SCP agora ficou entrelaçado, com uma fonte mais fina. Este símbolo teve diversas mudanças, até que o distintivo de Hermógenes voltou com o fundo preto.

Já o símbolo de 1919 mudou totalmente. Um círculo preto era preenchido pelo nome completo do clube com a data de fundação escritas na cor branca. No centro, a bandeira paulista ficou estampada como se estivesse em movimento. Só em 1940 que o nosso escudo começou a tomar as formas próximas das atuais.

Surge então, a âncora e os dois remos vermelhos, fazendo referência aos 
esportes náuticos praticados pelo clube. Esta versão foi criada pelo pintor modernista Francisco Rebolo Gonsales, ex-jogador do Corinthians no ano de 1922. Com o passar do tempo a versão de Francisco sofreu alterações, mas o esboço continuou o mesmo.A bandeira de São Paulo, neste símbolo, não possui as 13 listras oficiais, mas com as mudanças seguintes, elas apareceram.

Finalmente chegamos à década de 90. Neste período foi adicionada a estrela pela conquista do primeiro Campeonato Brasileiro. A âncora sofreu mudanças estéticas, assim como o círculo central. No entanto, em 1998 e 1999 as outras estrelas do Brasileirão também foram inclusas, assim como no ano de 2000, quando ganhamos o Mundial de Clubes da FIFA. Esta é diferente: possui um contorno prateado para diferenciar-se das demais. A última a brilhar em nossa camisa foi a do campeonato nacional de 2005. O Corinthians foi tetra campeão Brasileiro e estampou mais uma conquista no manto sagrado.

TÍTULO ATÉ CONTRA A IMPRENSA

Reproduzo a opinião abaixo, citando a fonte, naturalmente, à qual endosso totalmente e por ser extremamente oportuna.

"Nação,

Quem acompanha o blog sabe do meu desprezo pela imprensa esportiva brasileira, de forma que o título acima e as linhas que virão não refletem um pensamento bairrista, e sim é baseada na constatação de uma categoria de profissionais despreparados e na maior parte mal intencionados.

Sempre destaco as características da imprensa de cada estado, e aí o nojo maior fica por conta da imprensa paulista, disparada a pior de todas, pois se pautam pela defesa de interesses de grupos que representam, provavelmente muito bem remunerados por isso, alem de exalarem negativismo e mau caratismo na cobertura dos clubes paulistas, principalmente o Corinthians, símbolo do proletariado, inimigo histórico do elitismo ao qual pertencem. Os ataques gratuítos, infundados e constantes ao estádio em Itaquera e a defesa insana do estádio do Morumbi, com argumentos mentirosos, ilustram bem isso.

O comportamento da imprensa paulista contrasta fortemente com o da imprensa carioca. São parecidas na questão profissional, pois ambas são formadas por profissionais fracos e despreparados. Porém, enquanto os cariocas se preocupam na defesa dos seus clubes em respeito aos seus torcedores, os paulistas agem exatamente ao contrário, denegrindo os clubes do próprio estado, num claro desrespeito ao seus torcedores.

Nessa reta final de Brasileirão estamos tendo mais uma mostra dessa dualidade de postura. A imprensa carioca, utilizando um triste acontecimento extra-campo, que foi o problema de saúde do técnico Ricardo Gomes, transformou o Vasco no queridinho do Brasil, e vem usando isso de forma apelativa para transformá-los no campeão brasileiro. Já a imprensa paulista, triste por não poder se agarrar na questão da arbitragem para atacar o Corinthians, já que o clube é o que mais foi prejudicado, tenta agora nos desqualificar na questão técnica, dizendo que somos o mais fraco dos postulantes ao título. O ridículo André Rizek, do Sportv, teve a audácia de lançar uma enquete afirmando que somos o patinho feio do campeonato.

Como pode isso? O time que lidera o campeonato praticamente desde o início, que jamais deixou de estar entre os três primeiros, que mais venceu, que é o mais equilibrado, ser considerado o patinho feio? Quem jogou mais bola que a gente durante todo o campeonato? No confronto direto com os times da frente nós levamos a melhor ou no mínimo empatamos os confrontos, então como podemos ser considerados piores? Só um demente para afirmar isso.

Temos nossas críticas ao time justamente por entendermos que a nossa superioridade já poderia nos ter dado o título, se não fosse os vacilos imperdoáveis em alguns jogos. Temos ressalvas ao técnico e alguns jogadores, mas jamais colocamos nosso time abaixo de nenhum nesse campeonato, e por isso se tem alguém que mereça esse título por justiça esse somos nós.

Os jogadores do Vasco utilizarem o acontecimento com o seu técnico como combustível é normal. O que não pode é a imprensa fazer o mesmo. Ficar explorando isso, com sensacionalismo, matérias diárias, colocando o time como merecedor do título pelo drama que viveu aí é algo condenável. O mesmo palhaço Rizek, no mesmo programa, falou que a história do Vasco esse ano é linda. Que história? Os caras quase foram rebaixados no carioca e venceram uma Copa do Brasil com alguns assaltos pelo caminho, como o podre ABC de Natal, destroçado pela arbitragem em São Januário.

E quanto a nós, que sofremos um baque quase mortal ao ser desclassificado na pré-libertadores por um time medonho, e mesmo assim ter forças para começar o Brasileirão de forma arrasadora, e manter-se na liderança o campeonato inteiro, isso não é algo que mereça ser elogiado? Isso sim deveria ser considerado uma história bonita de superação, no campo, sem fatores externos e sem ajuda da imprensa.

Se o Vasco tiver que ser o campeão que seja por méritos dentro de campo, e não por campanha da imprensa. Assim como o Corinthians vai buscar esse título com suas próprias pernas, contando apenas com a força da sua torcida e como sempre lutando contra a imprensa que deveria abraçá-lo.

Aqui é Corinthians, e seremos campeões porque merecemos, independente da opinião da imprensa vendida.

Valeu!"


terça-feira, 15 de novembro de 2011

BRASIL TERÁ 50% DO MERCADO MUNDIAL DE CARNE EM 2020

O crescimento acelerado da população mundial, que ultrapassou 7 bilhões, impõe a necessidade de dobrar a produção de alimentos até 2050, quando contaremos mais de 9 bilhões de pessoas. A combinação desse fenômeno com a urbanização e a alta da renda nos países em desenvolvimento aponta um desafio ainda maior na produção de carne e abre uma grande oportunidade comercial para o Brasil.

De acordo com estimativas da FAO, a organização para alimentação das Nações Unidas, para alcançar o crescimento acelerado do consumo de carnes em países como China, Índia e Brasil, será preciso elevar a oferta global dos atuais 228 milhões para 463 milhões de toneladas anuais até 2050. Nesse processo, o rebanho de bovinos saltará de 1,5 bilhão para 2,6 bilhões.

O Brasil já é o maior produtor mundial de carne bovina desde 2008, quando ultrapassou a marca de US$ 14 bilhões com a exportação de proteína animal. Projeções do Ministério da Agricultura indicam que o País deverá ampliar a fatia atual de 20,7% do mercado mundial para 44,5% até 2020, quando também dominará quase 50% do comércio de aves.

A demografia cria uma demanda futura firme para produtos cuja competitividade é elevada no Brasil, mas o próprio governo vê entraves para que o País aproveite ao máximo essa oportunidade. Em visita ao Congresso no mês passado, o presidente do BNDES, Luciano Coutinho, defendeu uma estratégia integrada de apoio à pecuária.

Ele diagnosticou uma capacidade ociosa nos frigoríficos que não condiz com o aumento da oferta de proteína para atender à demanda externa. "Precisamos fomentar a pequena pecuária para que ela possa aumentar a produtividade. Isso requer programas de expansão de matrizes, de recuperação de pastagens e um programa fitossanitário para escapar das barreiras." 
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A EDUCAÇÃO, PARA QUINO

Quinoo cartunista argentino autor da Mafaldadesiludido com o rumo deste século no que diz respeito a valores e educação, deixou impresso no cartum o seu sentimento:








A genialidade do artista faz uma das melhores críticas sobre a criação de filhos (e educação) nos tempos atuais.




sábado, 12 de novembro de 2011

ESTÁDIO DA VILA BELMIRO VAI A LEILÃO

O estádio do Santos Futebol Clube, na Vila Belmiro,  será leiloado para quitar uma dívida com o ex-presidente do clube, Marcelo Teixeira. O leilão está programado para ser aberto no próximo dia 29, com encerramento em 2 de dezembro. O comitente é a 3ª Vara Cível da Comarca de Santos. O lance inicial é de R$ 106 milhões, segundo o Canal Judicial, site de divulgação e negociação de leilões judiciais para empresas e gestores judiciais.

A dívida do Santos é com a Associação Educacional Santa Cecília Ltda, de propriedade de Marcelo Teixeira. O valor cobrado era inicialmente de R$ 15 milhões. Com a correção, já está em R$ 17.582.435,71.

O ex-presidente do Santos ingressou na Justiça contra o Peixe em maio de 2010 reivindicando o pagamento de R$ 15 milhões. Teixeira, por meio de sua assessoria de imprensa, explica que o processo se deve a uma dívida que o Santos contraiu com a Santa Cecília enquanto ele era presidente. Ele afirma ainda que não pediu a penhora da Vila, mas que foi a atual diretoria quem ofereceu o estádio. Já a atual diretora explica que, como Teixeira não determinou bens a serem penhorados, o oficial de justiça foi quem decidiu pela penhora do estádio. Por fim, Teixeira diz que está "aberto ao diálogo", pois não tem "nenhuma intenção de prejudicar o Santos".

O leilão, porém, está marcado para começar no próximo dia 29. O Santos tenta impedir que ele ocorra, enquanto o processo movido por Teixeira segue tramitando.

Será que aquele estádio acanhado vale tudo isso?