segunda-feira, 27 de abril de 2015

NELSON JUSTUS E A VERGONHA PARANAENSE

Acabou em pizza o julgamento de Nelson Justus na Comissão de Ética da Assembleia

Nelson Jusuts e a vergonha paranaense
Como era de se esperar, acabou em pizza o julgamento do deputado Nelson Justus (DEM) na Comissão de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná O desgaste da maioria dos atuais deputados estaduais perante a opinião pública paranaense é o maior em toda a história.

É por este e outros motivos que o Paraná é conhecido em outros Estados como “a Alagoas do Sul”, porque a corrupção de muitos políticos paranaenses só encontra paralelo entre os políticos alagoanos, de triste fama. Escândalos como os das Contas CC5, Banestado, Diários Secretos da Assembleia, Anexo do Tribunal de Contas, corrupção na Câmara Municipal na administração Derosso, colocam o Paraná entre os mais corruptos do país.

O Conselho de Ética da Assembleia Legislativa do Paraná arquivou, nesta quinta-feira (23), o processo disciplinar contra o deputado estadual Nelson Justus (DEM), por supostas irregularidades no exercício da presidência da Casa, entre 2007 e 2010. Com isso, o relatório apenas será lido em plenário para que os demais parlamentares tomem conhecimento da decisão.

A denúncia do Ministério Público (MP) do Paraná contra o deputado estadual Nelson Justus (DEN) e mais 31 pessoas acusa funcionários do gabinete do parlamentar de operar as contas bancárias de diversos funcionários fantasmas. Segundo o MP, em um único dia, um comissionado do gabinete de Justus fez 17 saques em contas diferentes, em menos de quatro minutos, em agência localizada dentro da Assembleia Legislativa (Alep)

Justus e mais 31 funcionários ligados ao seu gabinete foram acusados dos crimes de formação de quadrilha, peculato, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Conforme o MP, o deputado transformou o gabinete da presidência da Alep em “máquina político-eleitoreira”, entre os anos de 2007 e 2010, quando presidiu a Casa. As irregularidades se tornaram públicas a partir de uma série de reportagens publicada em 2010 pela RPC e pelo jornal Gazeta do Povo, conhecida como "Diários Secretos".

De acordo com a denúncia do MP, apresentada em fevereiro, a quadrilha chefiada por Justus visava garantir a reeleição do deputado, de forma que os funcionários comissionados manteriam os empregos. Além disso, era uma forma de todos “enriquecerem criminosamente com parte do dinheiro desviado dos cofres públicos da Assembleia Legislativa do Paraná”, conforme trecho da denúncia.

Triste sina desses deputados cujos nomes passarão para a história como subservientes ou cúmplices no desvio de dinheiro público que tanta falta faz para o povo mais pobre.

* Extraído do Jornal Água Verde

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