terça-feira, 29 de março de 2011

BOLSONARO, O BASTIÃO DA DIREITA RAIVOSA

Se ainda lhe restou alguma capacidade de indignação, o vídeo do deputado Jair Bolsonaro (PP-RJ) veiculado na noite desta segunda-feira no humorístico CQC da Band deve ter provocado nojo. Em menos de cinco minutos ele conseguiu despejar na tela da TV todo tipo de preconceito e absurdo. Pensar que ele ocupa uma das cadeiras do Congresso, nos faz concluir que no Brasil existe, infelizmente, mais um montão de pessoas que pensam como ele.
A história da democracia racial no Brasil é balela. Mas não queremos discutir isso. O que pretendemos chamar a atenção é que o Brasil vive, infelizmente, uma onda conservadora muito grave. O impacto dessa onda conservadora foi sentida no ano passado, quando a eleição perdeu de discutir temáticas importantes para nosso atual momento histórico, para ficar na esfera religiosa e pessoal.
À triste verborragia de Jair Bolsonaro, podemos incluir também a onda homofóbica que vem acontecendo em São Paulo e outras cidades do Brasil.
Não existe problema em ser conservador. Você pode não concordar com a união homossexual. Você pode não acreditar no candomblé. Você pode querer casar virgem. São escolhas suas. O que não é admissível é que suas escolhas pessoais sejam mecanismo para despejar ódio infundado. Se você é cristão, deve saber que Jesus disse para amar ao próximo como a ti mesmo. E se você ama ao próximo como a ti mesmo, você respeita.
Se você não é cristão, mas acredita no Estado, vai lembrar que a Constituição diz que TODOS somos iguais, sem espécie de distinção. E, assim sendo, homossexuais, negros, deficientes e outras “minorias” tem garantido os mesmo direitos que a “maioria”.
Mas essa onda conservadora não é uma marca exclusiva do Brasil. Na Europa, diversos jogadores brasileiros foram vítimas de racismo, o caso mais recente envolveu o jogador do Santos, Neymar. Precismos educar, esclarecer e dar opção para que as pessoas comecem, de verdade, a entender a diferença e, principalmente, respeitá-las.
Esperamos, de verdade, que medidas legais sejam tomadas e esse não seja mais um caso de impunidade.

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