sexta-feira, 27 de maio de 2011

ESTÁDIO DO CORINTHIANS TERÁ ORÇAMENTO PARALELO

O Corinthians espera ter em mãos até a próxima semana os orçamentos solicitados a algumas empreiteiras sobre o custo de construção de um estádio. Quer confrontar com o orçamento de R$ 1,07 bilhão sugerido pela Odebrecht para o Itaquerão.

Uma das construtoras requisitas é a Tessler Engenharia, que trabalha para a Serpal, do Grupo Advento. Segundo Marcelo Tessler, sócio da empresa, é possível sim diminuir o valor da Odebrecht, conforme suspeitavam os dirigentes corinthianos.

“Estamos fazendo o orçamento para comprovar isso. Temos expectativa de que o custo final fique próximo dos R$ 600 milhões, sendo 10% para cima ou para baixo. Aquele orçamento de R$ 1,07 bilhão é caro para um estádio de 65 mil pessoas.”

Tessler explica que não teve acesso ao orçamento detalhado da Odebrecht, mas garante que o custo só se justifica se tiver o uso de materiais abusivos, como ouro ou vidros em excesso.

“O estádio está bem projetado e tem 180 mil metros quadrados de área construída. Então ainda estamos fazendo o orçamento, mas gostaríamos que ficasse em R$ 550 milhões.”

O Grupo Advento não é o único que está fazendo uma estimativa de custo para o futuro estádio do Corinthians. O clube espera outros orçamentos. Vai usar essas estimativas para pressionar a Odebrecht, que também está fazendo um revisão em seu preço.

PARCERIA

Não está descartada a entrada de uma nova empresa na construção, aquela que apresentar um orçamento mais dentro das possibilidades financeiras do clube. Neste caso, ela faria parceria com a Odebrecht, que tem um acerto com o Timão para continuar no processo. Ela só sairia caso não tivesse nenhum interesse na obra do estádio.

De qualquer forma, é a Odebrecht que vai pegar o financiamento de R$ 400 milhões no BNDES. E ela também que começará a obra na próxima semana. Tanto que até já assinou um contrato mais simples, apenas para a terraplenagem, para iniciar as obras enquanto as partes discutem o contrato mais amplo.

Tessler já participou de 17 projetos de estádios do Corinthians. E até imagina que, com o orçamento que está fazendo, possa ser convidado a participar da construção de Itaquera também. “O ideal seria o clube nos contratar. Mas não vejo problema em fazermos juntos com a outra empreiteira, a Odebrecht. A obra comporta isso.”

Ele aproveita para elogiar Luís Paulo Rosenberg, vice-presidente de marketing do Corinthians e grande articulador do estádio. “Ele tem sido muito limpo e correto. A preocupação dele é que o Corinthians não perca dinheiro.”

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