sábado, 1 de outubro de 2011

PARA CONHECER WLADIMIR DA FIEL



Nome Completo: ladimir Rodrigues dos Santos
Nascimento: 9/08/1954
Gols marcados: 2
Conquistas pelo Corinthians: Campeonato Paulista 1977, 1979, 1982, 1983

Mais vezes que ele, ninguém. Wladimir jogou pelo Corinthians 805 vezes. É também de Wladimir o recorde de participações pelo Corinthians em partidas pelo Campeonato Brasileiro, 268.

Wladimir disse uma certa vez, após a sua aposentadoria como jogador profissional: "Sou o que mais vestiu a camisa Do Corinthians e tive sempre sintonia com a Nação Corinthiana. No clube, aprendi o que era vida. Uma verdadeira escola. Todo garoto deveria ter a oportunidade que eu tive. Foi mágico". Isso demonstra o amor, o respeito e a total entrega dele em campo nos anos em que defendeu o alvi-negro do Parque São Jorge.

Vindo das categorias de base - filho do terrão - teve a sua primeira chance em 1972 numa excursão pela Europa, mas só se firmou no time principal em 1973, um ano depois.

Participou da campanha inesquecível do título de 1977 (foi dele a cabeçada que o zagueiro da Ponte Preta salvou em cima da linha no lance do gol). Esteve presente também no título paulista de 1979 e no bi-campeonato paulista de 1982/83 sendo sempre peça fundamental no time devido a sua raça, liderança, técnica e dedicação. Graças a essa liderança foi um dos pilares, junto com Sócrates e Casagrande da Democracia Corinthiana que, entre outras coisas, serviu de exemplo e ajudou o país a sair da ditadura militar.

Considerado o melhor lateral esquerdo da história do Corinthians só teve chance na seleção brasileira em uma partida, contra a Colômbia pelas eliminatórias da copa de 1978. Após isso participou da copa América de 1983.

No final de 1985 foi transferido para o Santo André e teve ainda passagem pela Ponte Preta. Voltou ao Corinthians em 1987, mas não mais como lateral esquerdo e sim pra atuar como zagueiro. Em 1987, antes de sua volta e ainda atuando pelo Santo André jogou contra o Corinthians e foi aplaudido de pé pela torcida corinthiana numa demonstração de carinho e respeito.




Corinthians campeão paulista de 1979, título decidido contra a Ponte Preta apenas no início de 1980. Esta foto foi tirada no dia 10 de fevereiro de 1980 quando o Timão bateu a macaca por 2 a 0, com gols de Sócrates e Palhinha. Foi o terceiro jogo decisivo entre as duas equipes. Em pé estão Jairo, Mauro, Luis Cláudio, Amaral, Caçapava e Romeu; agachados vemos Píter, Biro-Biro, Palhinha, Sócrates e Wladimir

Um dos maiores símbolos da história do Corinthians, recordista em jogos com a camisa do Timão, Wladimir Rodrigues dos Santos, o Wladimir, vive em São Paulo (SP). Pai do lateral-direito Gabriel, que começou no São Paulo, ele cuida dos interesses do filho e costuma bater uma bolinha no time de veteranos do Timão. "Também sou pai de Ludmila e Júlia, porque se eu não falar elas ficam com ciúmes", brinca. Em 2008, ele se candidatou a vereador pelo PC do B, de São Paulo, mas não conseguiu se eleger. Recebeu aproximadamente seis mil votos.

Wladimir começou a carreira nas categorias de base do Corinthians. A primeira chance de jogar no profissional apareceu em 1972, quando o técnico era Duque. Mas somente em 1973 o lateral se firmou como titular, dono absoluto da camisa 4.

Com ele na equipe de 77, o Corinthians acabou com o jejum de títulos, que durava desde 1954. Wladimir, ao lado do lateral-direito Zé Maria, do meia Basílio, dos pontas Romeu e Vaguinha, do meia Palhinha, do volante Ruço, entre outros, conquistaram a Fiel torcida aliando raça e técnica na equipe comandada por Oswaldo Brandão.

Wladimir também fez parte do time corintiano campeão paulista de 1979 e bicampeão estadual em 1982 e 1983. E foi justamente nesta época vitoriosa que Wladimir mostrou também ser um líder. Ele foi um dos idealizadores da "Democracia Corintiana", movimento criado pelos atletas corintianos durante os anos de 82 e 83 e que tinha como um de seus principais líderes o meia Sócrates. "Costumo dizer que joguei o futebol antes e depois da Democracia Corintiana", diz o ex-lateral.

Em 1985, logo após o fracasso da equipe no Campeonato Brasileiro, Wladimir deixou o Parque São Jorge. Seguiu por empréstimo para a Ponte Preta e para o Santo André e retornou ao alvinegro dois anos depois.

No segundo semestre de 1987, Wladimir chegou a ser adaptado como quarto-zagueiro, já que Dida era o lateral-esquerdo titular. A improvisação acabou não dando certo. Depois de 805 jogos (372 vitórias, 256 empates e 177 empates) e 32 gols _números do "Almanaque do Corinthians", de Celso Unzelte_, Wladimir deixava em definitivo o Corinthians. "Tenho muito orgulho por ser o jogador que mais vezes vestiu a camisa corintiana. E foram muitas partidas porque entrava em campo com tornozelo machucado, com febre...", orgulha-se.

Antes de encerrar a carreira, o lateral chegou a atuar por duas grandes equipes do futebol brasileiro: o Cruzeiro e o Santos, time de infância do jogador.

GOLS INESQUECÍVEIS
Wladimir marcou 32 gols com a camisa do Sport Club Corinthians Paulista, mas dois são inesquecíveis para o lateral-esquerdo. "Um é aquele de bicicleta contra o Tiradentes, no Canindé, na goleada do Corinthians por 10 a 1. O outro é um contra o Atlético Mineiro, no Morumbi, em que eu driblei vários jogadores e até o João Leite", conta o ex-lateral.

A INVASÃO DA FIEL

Wladimir confessa que o jogo contra o Fluminense, no dia 5 de dezembro de 1976, foi o momento mais marcante de sua carreira no Corinthians. "Realmente eu nunca vivi algo como naquele dia em 1976", fala o lateral.

A Fiel torcida tomou aproximadamente 70 mil lugares do Maracanã na partida semifinal do Campeonato Brasileiro de 1976. "E o mais interessante é que até torcedores são-paulinos, palmeirenses e santistas fizeram parte da nossa torcida. Eles queriam fazer parte daquele movimento. Hoje é impossível isso acontecer", completa o ex-camisa 4.

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