Está todo mundo sem entender, principalmente quem tem carro flex: por que o álcool está mais caro? Há duas razões. O primeiro motivo tem a ver com a entressafra. Mas a boa notícia é que o setor produtivo - as usinas - começa a moer agora a cana dessa safra. Em três semanas, o álcool pode cair de preço e vai ficar bem competitivo, principalmente no Centro-Sul do país.
O segundo motivo é que a gasolina que a Petrobrás fornece para as distribuidoras está congelada desde 12 de setembro de 2005. A gasolina não sobe, mas a Petrobras eleva todos os outros preços. Este ano, por exemplo, o querosene de aviação para as empresas aéreas já subiu 28%. Fica um desequilíbrio nessa competição.
Uma ideia boa do setor é que o governo podia, com o IPI, incentivar as indústrias automobilísticas a produzir carro a álcool mais eficiente. Ou seja, que gaste menos combustível, o que diminuiria essa desvantagem em relação à gasolina.
O preço da gasolina é artificial, enquanto o do álcool oscila conforme safra e entressafra. Mas a entressafra deste ano teve um problema: por causa da seca, perdeu 10%. Nas duas últimas safras, os produtores enfrentaram problemas financeiros e de excesso de chuva.
Um dos pontos que o governo pensou, mas está errado, é aumentar o imposto de exportação do açúcar, quinto produto que o Brasil mais vende lá fora. O país, que exporta 50% do total, consegue US$ 13 bilhões por ano. Isso afetaria nossa exportação e talvez a inflação mundial.
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