quarta-feira, 6 de abril de 2011

DONATIVOS NÃO CHEGAM A QUEM PRECISA

Doações para população do litoral do Paraná estão paradas em depósitos.

Moradores de localidades atingidas pelas chuvas se sentem abandonados. Defesa Civil diz que população afetada deve solicitar donativos.

Depois de quase um mês que fortes chuvas provocaram alagamentos, enxurradas e destruição em cidades do litoral paranaense, os moradores de algumas localidades ainda sofrem com a falta de água e dizem se sentirem abandonados.

“Pra se lavar a gente se vira, pega no rio. O máximo é pra beber e fazer comida só”, contou o agricultor Aramisio Alves.

Além disso, muitos donativos arrecadados, tanto pela Defesa Civil do Paraná como pelo Programa do Voluntariado Paranaense (Provopar), estão parados em depósitos. Segundo a presidente do Provopar, Luciane Nascimento, faltam voluntários que façam a separação do material e montagem das cestas. Bem como, a distribuição dos donativos.

Em entrevista ao ParanáTV desta quarta-feira (6), o major Riller, da Defesa Civil do Paraná, disse que os donativos arrecadados pela Defesa Civil estadual estão em Curitiba e são enviados às cidades de acordo com a solicitação da Defesa Civil do município. “Quando [o donativo] chega no centro de distribuição do município tem que chegar até a ponta. Aí é que entra a parte de distribuição da própria prefeitura. Nós precisamos que as pessoas que tenham algum tipo de necessidade faça chegar esta notícia até a Prefeitura”, explicou o major. De acordo com Riller, as doações que estão em Curitiba são enviadas ao litoral apenas quando os municípios solicitam.

O prefeito de Paranaguá, José Baka Filho, uma das cidades mais atingidas pelas chuvas no litoral do estado, pede ajuda do Governo Estadual e Federal para que as estradas sejam refeitas e a vida dos moradores volte a normalidade. “Nós estamos com todas as equipes trabalhando. O que a prefeitura tem de recurso está sendo aplicado. Precisamos que o Governo Estadual e Federal aloque recursos para que nós possamos fazer com que todas as famílias, as vidas delas possam voltar ao normal”, afirmou.

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