domingo, 25 de setembro de 2011

ISRAEL CHANTAGEIA A ONU

Israel vê "difíceis repercussões" caso Estado palestino seja aprovado

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, disse neste domingo que haverá "difíceis repercussões" se a ONU aprovar uma solicitação da Palestina para ser reconhecida como Estado.

Situação não aceita por Israel
Lieberman não detalhou qual ação Israel tomaria se a organização apoiasse o pedido feito na sexta-feira pelo presidente palestino, Mahmoud Abbas, na Assembleia Geral da ONU.

No passado, Lieberman sugeriu que, se os palestinos ganhassem reconhecimento sem um acordo de paz com Israel, cortaria relações com a Autoridade Palestina, de Abbas, que tem poderes próprios limitados na Cisjordânia, ocupada pelos israelenses.

Os Estados Unidos, maior aliado de Israel, afirmou que vetaria a resolução, o que significa que a Palestina não conseguiria se tornar um membro da ONU.

Mas Israel está preocupado que, mesmo se Washington vetar a moção no Conselho de Segurança, os palestinos possam alcançar mais aprovações na Assembleia Geral, onde qualquer votação é vencida por maioria simples.

Que na prática, varre do mapa a Palestina
"Se os palestinos conseguiram aprovar uma resolução, se não no Conselho de Segurança na Assembleia Geral, isso nos levaria todos para uma nova situação e haveria repercussões, difíceis repercussões", afirmou Lieberman em uma entrevista à Rádio Israel.

"Qualquer medida unilateral sem dúvida trará uma reação de Israel", afirmou Lieberman.

Israel insistiu que os palestinos só poderão ganhar status de Estado por meio de negociações, e afirmou que ambos os lados precisam chegar a um acordo sobre fronteiras e segurança.

O embaixador do Líbano na ONU afirmou que o Conselho de Segurança vai se reunir na segunda-feira para discutir o pedido de Abbas.

As negociações de paz pararam há um ano devido a uma polêmica sobre a construção de assentamentos israelenses na Cisjordânia.

É interessante observar que as negociações só não andam por culpa de Israel. A cada avanço da paz, corresponde a um recuo judeu, com a invasão de novos territórios e progresso em assentamentos de seus colonos em territórios palestinos, forçando os árabes a recuarem, com a força de seu exército, que conta com irrestrito apoio norte-americano.

Desta forma, é realmente impossível haver um acordo de paz, quando o que Israel quer, mesmo, é a capitulação da Palestina.

Vale lembrar que, ao fundo, pouco importa a situação das pessoas que moram nestes lugares, que são usadas como massa de manobra dos interesses mais gerais. O avanço de Israel ocorre nos locais onde há mais concentração de água potável e acesso a rotas estratégicas para escoamento de mercadorias.

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