quinta-feira, 8 de setembro de 2011

BRASIL VENCE ARGENTINA NO BASQUETE

HASTA LA VISTA, HERMANOS


Tiago Splitter é marcado por Luis Scola em ataque do Brasil contra a Argentina
Exatamente um ano após o duelo das oitavas de final do Mundial, Brasil e Argentina voltaram a se encontrar nesta quarta-feira pelo Pré-Olímpico das Américas. E desta vez a história foi bem diferente. Os comandados de Rubén Magnano ignoraram a pressão da torcida de Mar del Plata, fizeram uma grande apresentação na defesa e venceram por 73 a 71.

Além de aumentar a confiança para a sequência da competição, a vitória desta quarta-feira encerra um jejum de 16 anos do Brasil sem vencer seu principal rival em Mundiais ou Pré-Olímpicos. O último triunfo havia ocorrido no torneio classificatório para os Jogos de Atlanta-1996, ainda com a geração de Oscar em quadra.

BALA NA CESTA

É uma vitória que não garante a vaga olímpica, mas dá uma confiança absurda para o confronto de amanhã contra Porto Rico e para a semifinal de sábado.

E a quebra do jejum não poderia ter vindo de forma mais especial. Ocorreu diante de um ginásio lotado pela pulsante torcida argentina, que ao contrário dos demais jogos gritou e pressionou o jogo inteiro. Mas, no final, teve que se render à grande apresentação dos brasileiros.

Foi a primeira derrota dos anfitriões, que vinham de uma sequência de seis triunfos consecutivos no Pré-Olímpico. O resultado deixou a classificação do torneio completamente embolada. Brasil e Argentina estão empatados com 11 pontos e ainda serão alcançados pelo vencedor do duelo entre Porto Rico e República Dominicana, que jogam às 20h30.

Assim como em 2010, Luis Scola deu muito trabalho para os brasileiros com 24 pontos. Desta vez, porém, o argentino teve pela frente o surpreendente jovem Rafael Hettsheimeir, que comandou a vitória brasileira com 19 pontos e ainda contribuiu para que o pivô rival deixasse a partida na metade do último quarto com cinco faltas.

No dia anterior o técnico Julio Lamas cogitou poupar seus principais jogadores contra o Brasil, mas mudou de ideia. Ele mandou à quadra força máxima e deve ter se arrependido. Logo no bola ao alto, Andrés Nocioni torceu seu tornozelo direito e teve que deixar a quadra amparado. De acordo com os médicos, o ala sofreu uma lesão leve e deve retornar à equipe só para as semifinais - a Argentina ainda enfrenta a República Dominicana, na quinta.

Com quase nenhuma rotação de ambos os lados, o primeiro quarto mostrou duas equipes com grande intensidade defensiva. A marcação sobre Luis Scola e Manu Ginobili funcionou bem e o Brasil só não abriu boa vantagem no placar por sofrer com os tiros de Carlos Delfino, que manteve a diferença em apenas 19 a 17 para os visitantes. Destaque para os sete pontos de Marcelinho Huertas, sempre eficiente no pick and roll.

O Brasil seguiu melhor até a metade do segundo quarto e teve a chance de ampliar sua vantagem para 10 pontos, mas não aproveitou e sofreu a reação argentina. Foram seis minutos sem marcar, nove pontos consecutivos da Argentina e a virada por 28 a 27. Scola encontrou atalhos para passar pela marcação e comandou os donos da casa com sete pontos no período.

Magnano voltou para o segundo tempo com Rafael Hettsheimeir em quadra e o jovem jogador correspondeu. Fez grande marcação sobre Scola no início do período e ajudou o Brasil a abrir 10 pontos de vantagem na partida. Lamas mandou à quadra Federico Kammerichs que, ao lado de Ginobili e Scola, comandaram nova reação dos donos da casa e cortaram a diferença para 53 a 47.

A partida ficou dramática no último quarto, com o Brasil mantendo uma vantagem no placar. A Argentina perdeu Scola com cinco faltas, mas contou com cinco pontos de Carlos Delfino nos últimos minutos para cortar a diferença de sete pontos para apenas dois. Mas Alex converteu dois lances livres e confirmou a histórica vitória do time verde-amarelo.

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