quinta-feira, 8 de setembro de 2011

O RACISMO DE GALIANO

É estranho o conceito, no velho continente e, de resto, no chamado "primeiro mundo", que garante a todos o direito da liberdade de expressão e de opinião, desde que não se expresse opinião contrária ao povo que é dono dos meio de comunicação na maior parte do mundo. Até quando os judeus vão ser considerados os coitadinhos do mundo, e, não importa o que façam, no presente, vão ser sempre visto como vítimas?
Não que estivesse correto o procedimento de Galiano, mas, sem qualquer julgamento de valor, as opiniões devem ser respeitadas mesmo quando contra a da maioria.

John Galiano, demitido e condenado por opinião diferente
O estilista britânico John Galliano foi considerado culpado por um tribunal francês hoje devido a dois casos de “ofensas públicas baseadas em origem, religião, raça ou etnia”. As acusações poderiam levar a uma pena máxima de seis meses de prisão e multa de 22 mil euros. A corte formada por três magistrados, no entanto, foi indulgente e cobrará do designer apenas uma multa de 6.000 euros (cerca de R$ 14 mil), além de incluir o caso nos seus antecedentes criminais. Mas Galliano foi dispensado de pagar o valor caso tenha bom comportamento pelos próximos anos.

A presidente do júri, Anne-Marie Sauteraud, disse que a clemência deve-se ao fato de o estilista ter pedido desculpas à corte e às vítimas dos insultos. Yves Beddouk, advogado de uma das pessoas ofendidas por Galliano, Geraldine Bloch, disse que sua cliente estava “totalmente satisfeita” com a decisão. A França possui leis severas que punem atos antissemitas.

O incidente todo começou em fevereiro passado, quando o estilista ofendeu um casal no bar parisiense La Perle com declarações antissemitas. Dias depois, uma mulher disse que sofrera a mesma agressão no mesmo local. Em seguida, o tabloide “The Sun” divulgou um vídeo que mostrava um descontrolado Galliano proferindo frases como “Eu amo Hitler”. O vídeo logo se espalhou pela internet e levou a grife Dior a despedir Galliano do cargo de diretor criativo que ocupava havia 14 anos.

Em uma declaração a um tribunal em junho, o designer disse que não se lembrava do ocorrido e que estava sob o efeito de seu vício por álcool, soníferos e tranquilizantes. Segundo ele, as pressões da indústria da moda sobre ele eram intensas.

Apesar de liberado da multa, Galliano terá que pagar 16.500 euros (cerca de R$ 43,6 mil) de despesas de tribunal às vítimas das ofensas antissemitas e a cinco associações anti-racistas.

Galliano foi demitido dias antes do início da temporada outono-inverno 2011, que ocorreu em março. Na ocasião, quem assumiu o cargo foi Bill Gaytten, alvo de críticas. Agora, a grife procura um novo diretor criativo.

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